terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Regabofes públicos

Apesar de subscritor em primeira linha da indignação que merecem o nepotismo e peculato revelados pelo caso Raríssimas, acredito que o alvo maior desta reportagem Ana Leal/TVI terá objectivos políticos, claramente bem definidos, como deixa transparecer a insistência jornalística na colagem ao processo de um ministro, um secretário de Estado e uma deputada...
Avançando.
A ideia que, com estas evidências, vai germinando é a da impunidade por que passa todo o regabofe da gestão da coisa pública.
À medida que, por objectivos políticos ou não, esse regabofe se vai tornando visível, a indignação contra a classe política vai emocionando o país, principalmente aquele Portugal dos descendentes da República nascida em Outubro de 1910 e reforçada em Abril de 1974.
Porque, acabar com a farta vilanagem de reis, marqueses, condes e viscondes, e verificar que essa hegemonia passou para as famílias politicamente reunidas em torno de "aventais", "cruzes" ou artefactos de simbologia partidária, é angustiante.
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Curiosamente, chegado a este ponto final, reparo na minha televisão que a deputada Clara Marques Mendes comenta o eventual envolvimento (no caso) da deputada Sónia Fertuzinhos e seu marido, o ministro Vieira da Silva, bem como a tomada de posse da nova secretária de Estado da Saúde, Rosa Matos Zorrinho (esposa de Carlos Zorrinho - eurodeputado socialista).
 

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