sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Em modo português suave...

Porque, fundamentalmente, sou pela liberdade, igualdade e fraternidade, hoje não pretendo parar Portugal, mas também gostaria de juntar o  meu protesto ao Dia do Protesto.
Porque, correndo o risco de aqui me repetir, sou contra a corrupção em que todo o país se encontra viciado; contra o peculato com que se gerem muitas instituições do Estado; contra a impunidade com que a Justiça permite tratar os criminosos de "colarinho branco"; contra a exagerada carga de impostos sobre bens/serviços essenciais e os benefícios fiscais de importância social e/ou económica duvidosa; contra os privilégios na concessão de tempos e valores das reformas e pensões; contra o valor do salário mínimo nacional - mesmo reconhecendo que a irredutível postura das associações patronais é bem mais vergonhosa que a arbitragem do Estado; contra as arbitrariedades do poder político, principalmente, o despotismo dos seus agentes partidários; contra as reivindicações de justiça e oportunidade duvidosas, gratuitas, politizadas por encomenda partidária; enfim... motivos, infelizmente, hoje não (me/nos) faltam!
Ser apoiante da actual fórmula governativa não significa, para mim, a incondicional aceitação das suas actuações ou (menos ainda) de todas as suas teses; mas, enquanto cidadão obrigado a respeitar o Estado, sou cumpridor das suas leis e actos de governação. Parece uma contradição, não parece?
Mas não é. Viver em Democracia é isto!
Pena que a nossa democracia seja ainda tão débil no que toca à partilha de direitos e obrigações  - tal como o dia de hoje pode querer significar, mesmo correndo o risco dos desvios ultra-nacionalistas fascistóides (sempre à espreita)!  

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