quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Futurologia musicada



No ano de 2525, se o homem ainda estiver vivo
Se a mulher pode sobreviver, eles podem encontrar-se

No ano de 3535
Não será preciso dizer a verdade, não digas mentiras
Tudo que pensas, fazes e dizes
Está na pílula que tomaste hoje

No ano de 4545
Não vais precisar dos teus dentes, não vais precisar dos teus olhos
Não vais encontrar nada para mastigar
Ninguém vai olhar para ti

No ano de 5555
Os teus braços pendurados flácidos ao lado do corpo
As tuas pernas não têm nada para fazer
Algumas máquinas fá-lo-ão por ti 

No ano de 6565
Não vais precisar de marido, não vais precisar de esposa
Vais escolher o teu filho e a tua filha também
Do fundo de um longo tubo de vidro

No ano 7510
Se Deus está vindo, Ele deve fazer isso até então
Talvez Ele olhe ao seu redor e diga
"Acho que é hora do Dia do Julgamento"

No ano 8510
Deus vai balançar sua cabeça poderosa
Ele dirá: "Estou satisfeito onde o homem esteve"
Ou derrubá-lo e começar de novo

No ano 9595
Estou pensando se o homem vai estar vivo
Ele pegou tudo que esta velha terra pode dar
E não lhe devolveu nada

Já se passaram dez mil anos, o homem chorou um bilhão de lágrimas
Por que, ele nunca soube, agora o reinado do homem acabou
Mas através da noite eterna, o piscar da luz das estrelas
Tão longe, talvez seja só ontem

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Votar em tempo de guerra



Deixar que outros decidam por mim?
Deixar que um (declarado) fascista imagine sequer poder vir a chegar-se a uma frente?
Deixar que a ferocidade de um vírus criminoso condicione a minha liberdade de poder escolher?
NÃO!
Para garantir que a Democracia continue a provar ser o único sistema político feito à medida da dignidade humana, é preciso votar.
                                                                            Eu voto!



segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Estado de guerra


Quando vamos (todos) perceber a Guerra, aliás, as guerras que enfrentamos?
Contra um vírus violento e mortífero; contra o egoísmo e o laxismo; contra quem fomenta a ignorância militante, a discórdia e a culpabilização das instituições públicas; contra quem se julga acima da Lei; contra quem nega as evidências científicas da pandemia e seus tratamentos; contra os oportunistas que falseiam dados, produtos e opiniões em prol de benefícios indevidos; contra falsas profecias, solidariedades travestidas e os versículos da hipocrisia; contra a impunidade da infracção. E, principalmente, nas batalhas anti-pandémicas, contra a luso-tendência de usar a inteligência e o conhecimento no DEPOIS, em vez de no ANTES. Portanto, acabem com os estados de emergência perfumada. Se é guerra, tem de cheirar, saber e doer como tal.

A todos! 😷

sábado, 16 de janeiro de 2021

A ânsia do poder

Devido à pandemia Covid19, Peniche, tal como o resto do país, cumpre o 2º Confinamento Geral desde as 00,00 horas de ontem, cujas medidas - entre outras - para além do recolhimento domiciliário, "suspendem as atividades de comércio a retalho e de prestação de serviços em estabelecimentos abertos ao público, com exceção dos estabelecimentos autorizados".
Portanto, é completamente descabido o convite que hoje, pela mão da sua presidente, a Freguesia de Peniche publica um convite/conselho à população para "apoiar o comércio tradicional, comprando em Peniche" - conforme todos os utilizadores do Facebook puderam verificar neste post.
Ora, naturalmente, não me passa pela cabeça que a intenção da senhora autarca fosse incentivar o incumprimento das regras do confinamento, quer por parte dos comerciantes quer dos seus potenciais clientes, mais a mais num concelho considerado de "Risco Muito Elevado" na tabela epidemiológica do país.
A desatenção ou descuido da autarca poderá ter várias explicações, nomeadamente, na sua prontidão esfuziante de prestar serviço. Porém, neste caso, e considerando a pressão que a pandemia vem exercendo sobre os penicheiros, talvez fosse mais importante contribuir, de forma mais colaborante e exigente, na vigilância eficaz do cumprimento das medidas em vigor, especialmente dos truques e manobras de evasão que pela cidade (sua Freguesia) se vulgarizaram, conforme toda a gente tem podido constatar...
É claro que, da autarquia e/ou da autarca não se pretendem confissões de falha ou imperfeição, habituados que estamos às suas onisciência e constantes autopromoções. 
Permitimo-nos apenas cuidar que não sejamos vítimas da irresponsabilidade que, às vezes, trazem os actos onipotentes.