terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Raridades


Obrigado, Diogo.
Sabemos que essa coisa do plágio nem sempre é o que parece & vice-versa. Mas, como tu mesmo admitiste, a tua Canção do Fim tem "cheirinhos" da(s) outra(s) denunciada(s) nas redes sociais.
As mesmas redes sociais onde este infeliz(...) episódio te servirá como promoção gratuita, transformando-o num êxito comercial.
Êxito merecido pela coragem de, em pouco tempo, assumires as consequências lógicas de um lapso, erro, inadvertência ou lá o que lhe queiras chamar - coisa rara em Portugal onde, quase sempre, a culpa morre solteira e os culpados mais cobertos de honrarias do que opróbios.
Por isso, principalmente por isso, Diogo, obrigado !

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Volta Tony, estás perdoado!

A polémica está aí!
Intencionalmente ou não, Diogo Piçarra conseguiu, com a sua "Canção do Fim" candidata ao Festival da Canção RTP/2018, reabrir a sempre polémica caixinha dos plágios (que o ano passado tanto afectou Tony Carreira).
Revelando semelhanças indubitáveis com
o tema: "Abre os meus olhos  -  dos Cânticos do Reino", por sua vez, um plágio grosseiro de "Open Our Eyes - das Maranatha Singers" a música de Diogo Piçarra, com uma originalidade muito aquém do aceitável, está ferida de morte.

Em termos musicais o Mercado falará por si,  mas a RTP - canal público não poderá deixar de se pronunciar sobre esta originalidade, confrontando-a com a (naturalmente) exigida no caderno de encargos do festival.
Esperemos, portanto, que quem controla comercialmente o nacional-cançonetismo não "obrigue" ao branqueamento deste lamentável episódio, cuja permissividade poderá(...) empurrar a polémica para o festival da Eurovisão.
E aí... a música será outra!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Confiram:









terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

10 anos no Cerro

"Com tantas alternativas, técnica e visualmente mais evoluídas na rede, porque ainda blogas tu? " 
Perguntava-me um velho amigo do "cerro".
E eu sei lá porque (ainda) blogo?!
Talvez porque gosto de pintura - mas não sei pintar, de música - mas não sei tocar, de cinema - mas não sei filmar, de dança - mas tenho pés de chumbo, de  política - mas não sei fazer de conta, e por outra mão cheia de gostos que apenas sei saborear...
Consequentemente, acho que blogo porque gosto de criar comunicação à volta dos meus gostos e apreensões: comentar, especular, opinar, ficcionar. É assim como que uma compensação das inabilidades artísticas assumidas.
E depois tem aquela (quase obsessiva) luta geracional contra a PDI que me levou a criar este blogue
, faz hoje dez anos, sob o lema: conservar o corpo, purificar a alma e agitar a mente através da boa disposição.
Portanto, meus amigos e estimados leitores habituais ou ocasionais, blogar pode não trazer a Felicidade, mas ajuda!

                                                                               Obrigado. 


domingo, 18 de fevereiro de 2018

Domingo, dia de tomar banho e

... aprender a parábola judaica sobre o dia em que mentira e a verdade se encontraram.
"A mentira disse para a verdade:
- Bom dia, dona Verdade.
E a verdade foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não viu nuvens de chuva, vários pássaros cantavam e vendo que realmente era um bom dia, respondeu para a mentira:
- Bom dia, dona mentira.

- Está muito calor hoje, disse a mentira.
E a verdade vendo que a mentira falava a verdade, relaxou.
A mentira então convidou a verdade para se banhar no rio. Despiu-se de suas vestes, pulou na água e disse:
-Venha dona Verdade, a água está uma delícia.
E assim que a verdade sem duvidar da mentira tirou suas vestes e mergulhou, a mentira saiu da água e vestiu-se com as roupas da verdade e foi embora.
A verdade por sua vez recusou-se a usar as vestes da mentira, e, por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar na rua.
E aos olhos de outras pessoas era mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua."(Jackson Nunes)

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Domingo, dia de tomar banho e

 

... ler esta "homilia" sobre a ameaça - tipo made in USA (of course) - que paira sobre o Vaticano e, principalmente, sobre o papa  Francisco - o citador mor do Evangelho (Mateus, VII: 1-2): “Não julgueis para não serdes julgados”.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A nova vida de Pedro Coelho

 "...não saio “frustrado” com o final da(s) minha(s) liderança(s) e “não vou andar por aí”, (...) vou “tratar da minha vida”, (...) "tenho 53 anos e tenho muita coisa para fazer." (Pedro Passos Coelho in Expresso 13/01/2018)

 Se, apesar de tudo, os homens não conseguem fazer com que a (sua) história tenha significado, eles podem sempre agir de uma maneira que faça suas vidas terem um.” (Albert Camus)



sábado, 3 de fevereiro de 2018

"Estacionament(e)s"

"Infracção: estacionamento a menos de 5 metros da passadeira"
Começou assim, hoje às 12,30h, o meu sábado à tarde, em frente à repartição de Finanças, com um agente/PSP de esferográfica em riste a cumprir o seu dever de zelar pela ordem pública e segurança de pessoas e bens.
Hoje mesmo, naquele local que faz parte da zona envolvente do Mercado Municipal, naquele período, o mesmo agente também podia ter cumprido essa nobre missão junto de quem passeava cães poluidores do passeio público, de quem praticava ilícitos de venda ambulante - quer de roupas, sapatos, pensos e navalhas ou de mexilhões, lapas e carapaus, interceptar veículos comerciais transportando cargas irregulares, poderia ter identificado dois ou três jovens (aparentemente menores de 18 anos) a consumirem alcóol nos cafés da zona, ou ter chamado a atenção aos peões que atravessavam as passadeiras vidrados no telemóvel, ou, ainda, penalizado o estacionamento contra-mão, exactamente no mesmo local.
Não. Como se tivesse recebido apenas essa expecífica ordem de serviço, o senhor polícia zelou pela segurança pública da forma mais fácil e subtil ao seu alcance: multar veículos automóveis estacionados a menos de 5 metros das passadeiras de peões (pelo menos quatro, pelo que, entretanto, me fui apercebendo).
É claro que esta lamúria poderia ter a ver com o preciosismo métrico da infracção, ou com inflexibilidade do autuante, ou com os trinta euros com que vou contribuir para os cofres da Segurança Pública do Estado.
Pois... Poder poderia, mas não tem: é irrelevante.
O importante é que, numa cidade cheia de problemas de segurança de pessoas e bens como os que têm ocorrido ultimamente em Peniche, correr o risco de sentir reduzida a actuação policial diária a estes episódios  - justos, mas caricatos - pouco abonará a favor do que quer que seja, nem da polícia, nem da segurança pública.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Namoros Invernosos

Sete graus - indicava o termómetro quando estacionaram o (mais que) usado R5 em frente à pensão-restaurante Sant'Iria. Ora, é claro que começar uma tarde de namoro com dois finos e um prato de tremoços não augurava grandes perfomances.
Mas as saudades eram muitas, as mensagens sms e messenger já sabiam a ressesso e, caramba, amor, Amor... só ao vivo e a cores.
Pensão manhosa aquela; quarto pago, e por ele adentro com beijos e abraços mornos... de cumprimento; clima, tipo “je ne sais quoi” que nem as futilidades conversadas amenizava.
Trocaram as prendas do Natal à porta: um CD “Sheeran” versus um “Poison” em vaporizador, um bilhete para os U2 compensado com uma entrada na Calcanhoto. Mais uns afagos de olhares meio quentes, já meio desafiantes... mas o “je ne sais quoi” teimava inibi-los como se embrulhados em película aderente.
É então que lhe surge a ideia de roubar do iphone a sua música preferida.
- Ah Benjamim, se não fores tu... (pensou ele):
“Tocaram a rumba e dancei com ela
e num passo maluco voamos na sala
qual uma estrela riscando o céu!
e a malta gritou: "Aí Benjamim!"
Olhei-a nos olhos, sorriu para mim
pedi-lhe um beijo, la... la... la... la... la...
e ela disse que sim... e ela disse que sim...” 
Mas, querem saber?
Reouvida a música por mais de dez vezes seguidas, experimentadas todas as rumbas, valsas, tangos e kizombas possíveis e depois dos incontáveis sins entretanto gritados, o calor e o cansaço eram tantos que, corpos ainda entrelaçados, entraram na cabine de duche ansiando por um banho reparador.
Frio!
O puto do esquentador estava avariado!