sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Que o coração não passe de moda

Que el maquillaje no apague tu risa,
Que el equipaje no lastre tus alas,
Que el calendario no venga con prisas,
Que el diccionario detenga las balas,
Que las persianas corrijan la aurora,
Que gane el quiero la guerra del puedo,
Que los que esperan no cuenten las horas,
Que los que matan se mueran de miedo.
Que el fin del mundo te pille bailando,
Que el escenario me tiña las canas,
Que nunca sepas ni cómo, ni cuándo,
Ni ciento volando, ni ayer ni mañana
Que el corazón no se pase de moda,
Que los otoños te doren la piel,
Que cada noche sea noche de bodas,
Que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
Que todas las lunas sean lunas de miel.
Que las verdades no tengan complejos,
Que las mentiras parezcan mentira,
Que no te den la razón los espejos,
Que te aproveche mirar lo que miras.
Que no se ocupe de ti el desamparo,
Que cada cena sea tu última cena,
Que ser valiente no salga tan caro,
Que ser cobarde no valga la pena.
Que no te compren por menos de nada,
Que no te vendan amor sin espinas,
Que no te duerman con cuentos de hadas,
Que no te cierren el bar de la esquina.
Que el corazón no se pase de moda,
Que los otoños te doren la piel,
Que cada noche sea noche de bodas,
Que no se ponga la luna de miel.
Que todas las noches sean noches de boda,
Que todas las lunas sean lunas de miel.

(Joaquin Sabina)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Wiirtualidades

Após a vigésima terceira leitura do manual de instruções, consegui montar a preceito a consola wii-prenda recebida no sábado passado.
Finalmente, vou poder simular à vontade... e sem medos com o disco rígido!


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

El comandante Jesus Cristo

Dois dias depois de celebrado o nascimento de Jesus, o padre Carreira das Neves - tido como dos maiores estudiosos portugueses da Bíblia - em programa da TVi24 deixou considerações, no mínimo "diferentes" sobre o Jesus que a minha catequista me ensinou.
Ou seja, como diz a conhecida canção-revolucionária:
"Aquí se queda la clara
la entrañable transparencia
de tu querida presencia,
comandante Jesus Cristo"

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Essa é que é, Eça.

"Nem eu sei realmente como, a ceia faustosa possa saber bem, como o lume do salão chegue a aquecer – quando se considere que lá fora há quem regele, e quem rilhe, a um canto triste, uma côdea de dois dias. É justamente nestas horas de festa íntima, quando pára por um momento o furioso galope do nosso egoísmo - que a alma se abre a sentimentos melhores de fraternidade e de simpatia universal, e que a consciência da miséria em que se debatem tantos milhares de criaturas, volta com uma amargura maior. Basta então ver uma pobre criança, pasmada diante da vitrine de uma loja, e com os olhos em lágrimas para uma boneca de pataco, que ela nunca poderá apertar nos seus miseráveis braços - para que se chegue à fácil conclusão que isto é um mundo abominável. Deste sentimento nascem algumas caridades de Natal; mas, findas as consoadas, o egoísmo parte à desfilada, ninguém torna a pensar mais nos pobres, a não ser alguns revolucionários endurecidos, dignos do cárcere e a miséria continua a gemer ao seu canto!

Os filósofos afirmam que isto há-de ser sempre assim: o mais nobre de entre eles, Jesus, cujo nascimento estamos exactamente celebrando, ameaçou-nos, numa palavra imortal, que teríamos sempre pobres entre nós. Tem-se procurado com revoluções sucessivas fazer falhar esta sinistra profecia – mas as revoluções passam e os pobres ficam."

(Eça de Queirós - in Cartas de Inglaterra)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Campanha envidraçada


Ó meus amigos, vós sabeis que eu e Cavaco nunca nos entende(re)mos, mas ambos temos vivido bem com esse desamor (ele, provavelmente melhor que eu).

Mas, ó camaradas, é assim que se "alegram" a hostes "manuelinas" ?

Será que não há espelhos nessa casa?

domingo, 26 de dezembro de 2010

Erro ou sorte?

A poucos dias de Dilma Rousseff entrar na história do Brasil como a primeira mulher a chefiar a sua governação, caiu-me nas mãos (restos natalícios) este "poema" a que Oswald de Andrade, seu autor, chamou erro de português:

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português

Pelo que depreendi nas diversas "leituras" possíveis feitas do outro lado do Atlântico, acho que o nosso Cabral e seus homens tiveram muita sorte com o tempo no dia da chegada...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natalidades



Hoje, depois de um dos meus sobrinhos-netos me ter dito - provavelmente por causa das barbas esbranquiçadas - que eu parecia o pai Natal, lembrei-me como ao longo da vida nos relacionamos com essa personagem mágica.
Começamos por acreditar nele.
Depois, venha lá o que e quem vier, não há hipótese de acreditar nele.
Mas a vida avança e um dia lá temos que fazer de pai natal - repetidamente e muitas vezes até fora de época...
O bom desta história é que não há renas ...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A (minha) crise cinematográfica

Destes duzentos e setenta filmes estreados em 2010, talvez tenha assistido a pouco mais que uma dúzia.
A crise, a minha crise (conjunto de crisezinhas) terá sido uma das grandes causas; mas, bem vistas as coisas, esta média de um vírgula qualquer coisa por mês significa que apesar de tudo (e mais alguma coisa) vou cumprindo os mínimos exigíveis para a minha idade.
Por outro lado - entre gasolina, bilhetes, pipocas e coca (cola) - sempre terei poupado * uns dois mil euros.

* É nesta base de poupança de cada contribuinte, que os governos sempre fazem os seus orçamentos e PEC's para cobrir as despesas nacionais - BPN, Ensino Privado e outras que tais.

enas

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Bom Ano Novo ?

António Horta Osório - a coqueluche nacional da gestão bancária, recentemente indigitado para presidente executivo do britânico Lloyds Bank - considerou há poucos dias que "o dinheiro dos contribuintes não deve ser usado para ajudar o sector bancário".
Entretanto, a Bola Portuguesa de Neve vai rolando, rolando - engrossando o prejuízo do Estado e a nebulosidade que paira sobre a sua história, talvez a maior pouca vergonha política do pós-25 de Abril.
Para evitar a inevitável liquidação (o BPN já esteve à venda e ninguém o quer, porquê?) o governo vai continuar a injectar mais uns (500) milhões de euros no cadavérico banco - nacionalizado (pasme-se) com capitais negativos(?) - e nós, contribuintes, directa ou indirectamente, corremos o risco de continuarmos mártires da causa errada.
Não sei se um wikileaks qualquer dará uma "ajuda" ao processo, mas, apesar das constantes manobras de diversão do sistema político,
o nevoeiro dissipa-se, as formas evidenciam-se e como tão bem canta Rui Veloso, "muito mais é o que (n)os une, que aquilo que (n)os separa".

sábado, 18 de dezembro de 2010

Get off

"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude"
(Rochefoucauld)

Há poucos dias, na rádio, um cidadão anónimo era da opinião que, contrariamente ao que se possa julgar, as novas tecnologias ao serviço da comunicação entre as pessoas
potenciam a filosofia do fingimento, contribuindo para a hipocrisia da amizade.
Se calhar, o anónimo opinava bem...


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SIC - Sindroma de Irregularidades Casuais ?

Será por acaso, ou andará por Carnaxide algum vírus gafekiano?

Já conheciamos a dos "bro.. borges"

E a dos "encornados"


Desta vez o prémio saiu para os lados de Alvalade: