sábado, 29 de outubro de 2016

Riquezas de espírito


Confesso que ler Maria Filomena Mónica é sempre um desafio.
Porque, se uma coisa é ler as suas crónicas jornalísticas - objectivas mas algo limitadas porque necessariamente condensadas - a mesma disponibilidade não chega para uma qualquer sua leitura de fundo.
Experimentei-a em Bilhete de Identidade e não me apaixonei pela sua escrita. Mas não posso negar que me conquistou pela liberdade que põe em cada palavra que diz, em cada pensamento que revela, em cada postura que confidencia; ou seja pela liberdade de ser, de estar e de viver.
Daí que, apesar de não partilhar muito do seu ideário, gosto do seu contraditório, do seu agitar constante o politicamente correcto.
Por isso, enquanto não ganho coragem para enfrentá-la em escritos superiores a duas ou três páginas, vou experimentando as suas deliciosas entrevistas como esta recente ao Sapo24 que me fez recordar uma outra (mais antiga) ao Diário de Notícias
Porque, apesar de "arrogante num certo sentido, com pessoas que são incultas e têm possibilidade de ser cultas, que defendem opiniões estúpidas" ler Maria Filomena Mónica é uma lufada de ventania de uma portuguesa "com cabeça livre e uma língua bastante activa".     

sábado, 15 de outubro de 2016

Mr Dylan's portuguese kick

O dia em que Mister Dylan (se) permitiu emprestar um empurrão a Portugal.


   "Trails of troubles,
                       Roads of battles,
                                         Paths of victory,
                                                         We shall walk."

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Imposto(res)

Porque estamos em plena época de caça aos impostos - faltando pouco mais de um mês para o "edital" por que se regerá o reino em 2017- as plataformas electrónicas opinativas enchem-se de reclamações, de críticas e de propostas pouco ou nada substantivas (até porque os governantes tendem ignorar opiniões públicas que não façam parar uma(s) cidade(s), quiçá um país...).
Portanto, este será o momento mais apropriado para reflectirmos sobre uma opção (básica) do governo geringonceiro:
- Trocar impostos sobre o rendimento do trabalho por impostos sobre o consumo de bens não essenciais e sobre o imobiliário.
Será assim tão difícil de compreender, ou no aceitar é que estará o problema?
Quanto a património e rendimentos somos (todos) uma cambada de hipócritas, é certo, mas pelas dores antecipadas que por aí andam, às vezes parece que somos um país de grandes proprietários, com população maioritariamente da classe média/alta.
Em 2014 Portugal era o 3º país da UE com maior concentração de riqueza, apenas atrás da Áustria e Alemanha,  enquanto a pobreza recuava para valores de início do século.
Dá vontade de perguntar: quando é os "analistas" económicos acordam para a vida das pessoas? 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O missionário do século XXI

Apesar das contra-manobras de última hora, apoiadas pelos habituais portugueses manhosos a que se juntaram, nada mais nada menos, que Ângela Merkel e Claude Juncker, António Guterres foi eleito por aclamação secretário geral da ONU. 
Esperemos que este resultado, que honra o candidato e os seus promotores, sirva de lição aos lideres da contrafacção política europeia e que estes tenham aprendido que os truques sabujos com que tentam dominar a União Europeia nem sempre resultam...



domingo, 2 de outubro de 2016

Domingo, dia de tomar banho (de música ...)


"And I believe in Love
                       And I know that you do too
                                                       And I believe in some kind of path
                                                                                               That we can walk down, me and you"