sábado, 23 de fevereiro de 2019

Venham mais

Amanheci com "O que faz falta" do Zeca Afonso, tocado numa estação de rádio em sua memória por hoje passar mais um ano sobre a sua morte.
E, claro, quando dedicamos atenção ao que ouvimos, entramos música adentro, mergulhamos naquele mar de acordes e poemas cheios de significância que nos envolvem prazerosamente e emocionam por uma mão cheia de razões pessoais que a ela nos ligam.
É isso mesmo que sinto quando ouço Zeca Afonso, a quem devo, indubitavelmente, 
nos finais dos anos sessenta, as minhas primeiras visitas ao mundo da oposição à ditadura salazarenta, depois continuadas pela convivência com as "outras mentalidades" dos penicheiros estudantes em Lisboa, pela frequência da Húmus e do CICARP.
É verdade que hoje, felizmente, a malta está avisada; porém a corja continua à janela, os (neo)fascistas voltam a conspirar...
Entretanto, o país continua a ir de carrinho: 
"Mas não se esqueçam do tacho    Que o papá vos garantiu     Ao fazer voto perpétuo       De ir prà puta que o pariu"


domingo, 10 de fevereiro de 2019

Reviralho histórico

Esta é a história do príncipe  Big Mjohnana, que deixou a África do Sul em 1650 e, supostamente, terá atravessado mares, enfrentado tempestades e monstros marinhos, culminando em 1651 com a chegada a um porto holandês, onde acabou por baptizar o velho continente com o nome de Europa, um ano antes do holandês Van Riebeeck ter, de facto, chegado à África do Sul depois de fazer a viagem em sentido contrário, dando então início à sua colonização.


Convém, entretanto, referir que tudo não passa de um anúncio realizado na África do Sul para o seu mercado de fast-food, onde se imagina um africano a colonizar a Europa no século XVII.
Campanha, entretanto, banida pelo regulador sul-africano alegando que "embora o anúncio inverta os papéis da colonização e apesar dos seus evidentes traços de humor, a verdade é que a violência da colonização africana - levada a cabo pelos europeus -  não poderia ser assim branqueada." 



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Quem vê caras...

Na vida nem tudo tem resposta, nem tudo é justo, nem tudo tem sentido, nem tudo é lógico, nem tudo tem explicação. 
Às vezes, depende de como a interpretemos; outras, de como outros nos querem levar a interpretá-la...