segunda-feira, 27 de outubro de 2008

As pedras de Pedro

Sempre que frequento a igreja de S. Pedro, não consigo deixar de tentar encontrar razões que me convençam da razoabilidade da obra que foi aquela ampliação da sua escadaria.
Deixando de parte as razões espirituais - porque a Fé só precisa de espaço na alma - é difícil perceber o desenquadramento daquela enormidade de degraus e patamares que mais fazem lembrar as minhas vãs tentativas de desenho geométrico.
Tanta pedra assim arrumada em tão pouco espaço levará os ignorantes e curiosos como eu, a conjecturas do tipo: "se calhar a antiga escadaria era pequena para as formaturas dos escuteiros" ou "os fotógrafos tinham dificuldade em fazer fotos dos grandes casamentos" ...
Naturalmente, que haverá justificações mais convenientes como a de que, por exemplo, "a ampliação da escadaria serviu para valorizar a igreja matriz e a sua zona envolvente, ao mesmo tempo que regulou o trânsito e o estacionamento automóvel naquela zona nobre da cidade".
Ah! mas então, se o meu cepticismo já era grande ... nem digo mais nada !

2 comentários:

Anónimo disse...

Camarada de bancada: não podia estar mais de acordo com a tua opinião sobre a desproporcionalidade daquela escadaria em relação à sua envolvente. Por pouco que ia "morrer" à loja do Darvim!

Fernando Lino

Anónimo disse...

Pois realmente eu também concordo!
... e o mais inédito é que todas as acções evolventes - trânsito/estacionamento/paragem/passagem
- está ainda mais condicionado.
Para não falar da incoerencia da envolvente de uma Igreja Matriz e de grande afluencia penichense. Enfim.