sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Megalomanias que (nos) esburacam

Aqui há atrasado, vindo do norte, larguei a A8 em Alcobaça e rumei a Peniche pelas antigas EN's - via Nazaré, Alfeizerão, Caldas e Óbidos - tendo transitado já pelo novo viaduto que substituiu(?) a Ponte das Barcas sobre os rios Alcoa e Baça, antes de Famalicão. E, pensava eu (mais uma vez): seria preciso uma obra deste "tamanhão" para atravessar os rios e endireitar o antigo percurso?  ou terá sido mais um betexagero (betão/betuminoso) em prol do betlobby nacional? 
Curiosamente, no rádio do carro, as notícias davam conta de mais uns buracos encontrados nas contas da Nação, desta vez por astronómicos desvios orçamentais em obras públicas. 
Ora, quem já lidou com a difícil arte de fornecer o Estado nesta área, sabe muito bem como é o processo, desde a concepção à utilização,  fundamentalmente nos capítulos da sua orçamentação e execução: com medições e preços sempre abertos a erros/omissões do projecto que, mais tarde ou mais cedo, trarão revisões de preços e, consequentemente, o verdadeiro ajuste de contas entre o custo real da obra e o valor oferecido em concurso...
Foi este episódio que hoje quero aqui deixar como reflexão. 
E, já agora, publico uma foto do que, entre nós, em minha opinião, tipifica na perfeição a megalomania que nos foi incutida pelos betneficiários do sistema.
Ou será que o exagero é meu?

2 comentários:

Anónimo disse...

chamar megalomania à infecção corruptiva que afunda este país é generosidade a mais.

já opinaste com mais profundidade, camarada!!!

Anónimo disse...

Acredita que não é exagero teu. Exagero é gastar mais um c.... de dinheiro para manter a àgua no fosso sem anular as descargas da m.... lá para dentro. A isso chama-se " jardinisse " para não lhe dar outro nome.