terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quando os dias se tornam azedos

Por nunca concordar com os princípios da dependência cega, passei como cão por vinha vindimada pela actividade sindical porque, quer como membro de comissão de trabalhadores, quer como delegado sindical, não disponibilizei o meu braço uma vez que fosse na votação do que me parecesse encomendado, não discutido ou de contornos extra laborais.
Naturalmente, também por isso, sempre tive muita dificuldade em ver a CGTP-IN outra coisa que não fosse um instrumento de acção estratégica do Partido Comunista Português. 
E, confesso, Manuel Carvalho da Silva pagou por tabela até ao momento em que, propositadamente ou não, começou a ser visível a sua insubordinação contra a ortodoxia do comité central comunista.
Então, passei a dar mais atenção às suas intervenções sobre o mundo do trabalho, não só numa perspectiva política (e ainda partidária) mas denotando fortes preocupações sociais e até económicas.
Foi esse cidadão preocupado com o seu país e com as suas gentes mais desfavorecidas que encerrou 35 anos de actividade sindical há três dias atrás com a promessa de não deixar a actividade cívica. Vai andar por aí...
Não sei porquê, mas tenho um palpite que ainda vamos ouvir falar muito deste Manuel Carvalho (Lula?) da Silva! 

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