sábado, 19 de setembro de 2015

A coragem de bater as portas

Os profissionais do Poder já por aí andam - no meio do Povo, como (quando precisam de votos) sempre. Por uns dias desembrulham o celofane protector "daqueles cheiros a gente" e mergulham nas multidões: sentindo coisas que não dizem, dizendo coisas não sentidas, mentindo despudoradamente e repetindo promessas. Tudo bem empacotado e enlaçado porque acham que só assim disfarçados, os seus apetites pessoais e/ou colectivos se confundirão com "aquilo que o meu povo quer...". Depois, finalizando, repartem beijos e abraços, trocam mimos e brejeirices, acabando o dia com um banho de elogios à (sua) causa e a si próprios culminado com aqueles gritos orgásmicos tão auto-prazerosos  de prazer igual ao prazer de marcar um golo (como diria Fernando Gomes - o futebolista...)!
Porque amanhã começa a campanha eleitoral para as Legislativas 2015, hoje dou por finda a minha participação activa na campanha para a não (re)eleição do governo PSD/CDS que, nos últimos quatro anos, fez de Portugal um circo, de alguns portugueses uns palhaços e de milhões de Portugueses uns miseráveis espectadores a quem lhes foi sendo negada qualidade de vida, educação e cultura.
Quem me conhece ou por aqui passa, já percebeu que a minha opção está feita, mas não por militância cega. Apenas porque quero experimentar outros rumos, correr outros riscos e mostrar aos Passados que o Futuro passará por outras soluções, senão melhores, pelo menos respeitadoras da pessoa enquanto cidadão e, fundamentalmente, enquanto ser humano.

Se o que aqui tenho feito tiver contribuído para granjear companhia para o propósito o que atrás refiro, muito bem. Se não, paciência! Sobra-me respeitar o princípio básico da Liberdade - por isso é aqui que a minha acaba.
No próximo dia 5 de Outubro a a nossa República terá novo governo e, por certo a tradicional educação(...) política portuguesa não terá permitido grandes audácias. Mas, pelo menos, que se tenha confirmado aos eternizados (...) arquitectos do Poder que o seu absolutismo, por muito democrático que o queiram  mostrar, terá sempre dolorosos tiques de ditadura.                  

 É tempo de arranjar
                                  20 segundos de coragem,
                                         De passar o rio a vau

                                                    Mudar o rumo da viagem,

                                                                Bater todas as portas

                                                                           Beber do fundo da miragem,

                                                                                      É tempo de arranjar
                                                                                                 20 segundos de coragem.



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