Como já por aqui disse algumas vezes, a minha Fé católica e a sua prática é um assunto entre mim e Aquele a quem um dia terei de prestar contas. Logo, sinto-me perfeitamente à vontade para pensar, comentar e agir em desconformidade com muitos cânones da Igreja e, muito mais, com os seus fundamentalistas.
Por isso, hoje mesmo, não consegui ficar insensível ao ler que o Papa Francisco decidiu - embora extraordinariamente - conceder a todos os padres o "poder de absolver o pecado do aborto a quem o praticou e pede perdão arrependido de coração".
Mas, desde quando, a absolvição carece de "autorização" da Igreja? E pensava eu que, ao abrigo do sacramento da confissão, os padres tinham o poder de tudo perdoar, em nome de Deus... Afinal, parece, só teriam poderes para os pecados standard, quiçá para o incumprimento dos (obsoletos) dez mandamentos.
A não ser que, com esta campanha promocional, o Papa Francisco queira ser mais papista que o que a ele próprio é permitido. Apesar desta minha incompreensão, tenho fé que o recado papal tenha o subliminar objectivo de levar a Igreja a olhar para o aborto, não como um sacrilégio, mas como uma dolorosa e sofrida opção de alguém para quem a vida não passa de um drama existencial, sem qualquer significado e esperança.
Essa é a minha fé!
Mas, desde quando, a absolvição carece de "autorização" da Igreja? E pensava eu que, ao abrigo do sacramento da confissão, os padres tinham o poder de tudo perdoar, em nome de Deus... Afinal, parece, só teriam poderes para os pecados standard, quiçá para o incumprimento dos (obsoletos) dez mandamentos.
A não ser que, com esta campanha promocional, o Papa Francisco queira ser mais papista que o que a ele próprio é permitido. Apesar desta minha incompreensão, tenho fé que o recado papal tenha o subliminar objectivo de levar a Igreja a olhar para o aborto, não como um sacrilégio, mas como uma dolorosa e sofrida opção de alguém para quem a vida não passa de um drama existencial, sem qualquer significado e esperança.
Essa é a minha fé!
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