sábado, 29 de outubro de 2016

Riquezas de espírito


Confesso que ler Maria Filomena Mónica é sempre um desafio.
Porque, se uma coisa é ler as suas crónicas jornalísticas - objectivas mas algo limitadas porque necessariamente condensadas - a mesma disponibilidade não chega para uma qualquer sua leitura de fundo.
Experimentei-a em Bilhete de Identidade e não me apaixonei pela sua escrita. Mas não posso negar que me conquistou pela liberdade que põe em cada palavra que diz, em cada pensamento que revela, em cada postura que confidencia; ou seja pela liberdade de ser, de estar e de viver.
Daí que, apesar de não partilhar muito do seu ideário, gosto do seu contraditório, do seu agitar constante o politicamente correcto.
Por isso, enquanto não ganho coragem para enfrentá-la em escritos superiores a duas ou três páginas, vou experimentando as suas deliciosas entrevistas como esta recente ao Sapo24 que me fez recordar uma outra (mais antiga) ao Diário de Notícias
Porque, apesar de "arrogante num certo sentido, com pessoas que são incultas e têm possibilidade de ser cultas, que defendem opiniões estúpidas" ler Maria Filomena Mónica é uma lufada de ventania de uma portuguesa "com cabeça livre e uma língua bastante activa".     

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