sábado, 10 de junho de 2017

E agora? nem reciclagem.

Não sendo adepto do FCPorto, e, muito menos, da sua versão FCPintodaCosta, sou dos que sentiram uma alegria imensa pela troca do treinador da sua equipa de futebol: saindo Nuno Espírito Santo (NES), entrando Sérgio Conceição.
Conhecendo-se a personalidade de NES, adivinhava-se que o seu regresso (agora como treinador) ao "ninho de cobras" por onde cresceu (apenas e só) futebolisticamente seria curto, ou muitíssimo curto - conforme os resultados desportivos da sua equipa.
O destino é-lhe implacável e a canalha organizada em qualquer uma das muitas suas versões super(...) não lhe perdoa os modestíssimos resultados obtidos, agravados pelo tom afável com que sempre explica as derrotas - abordando, esporadicamente, os erros das arbitragens.
Mas o pior, o pior mesmo foi a postura educada e serena com que, quase sempre, honrou o seu discurso público.
- "O quê? um treinador do FCP sem O grito do dragão (leia-se linguagem ordinária e provocatória), sem o cinismo nem a pirraça da cartilha Jorge Nuno, nem as constantes insinuações e ofensas a outros clubes (particularmente, Sporting e o histórico inimigo SLBenfica)? Um militante da pacificação do futebol português de dragão ao peito? Nem pensar!"
Feita "a cama" e as contas - que NES parece ter facilitado bastante (senão engrossaria a lista de credores a médio longo prazo do FCP, ao lado dos seus antecessores mais recentes) - encontrada nos saldos a solução para a próxima época, foi a vez da SAD portista se aproveitar de Nuno para justificar a sua incompetência gestora  e consequente falhanço (buraco?) financeiro  perante as entidades a quem deve contas para além das desportivas.
O porta voz escolhido não poderia ser melhor: Fernando Gomes - um boy do norte (carago!) que sempre terá primado por trabalhar sem grandes interesses remuneratórios em prol de causas públicas - enquanto presidente da câmara do Porto, administrador das Águas Douro Paiva, ministro, administrador da Galp e agora (provavelmente) como administrador da SAD portista. Um exemplo de auto-sacrifício, portanto!
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Eu tinha-te avisado, Nuno!



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