sábado, 23 de fevereiro de 2019

Venham mais

Amanheci com "O que faz falta" do Zeca Afonso, tocado numa estação de rádio em sua memória por hoje passar mais um ano sobre a sua morte.
E, claro, quando dedicamos atenção ao que ouvimos, entramos música adentro, mergulhamos naquele mar de acordes e poemas cheios de significância que nos envolvem prazerosamente e emocionam por uma mão cheia de razões pessoais que a ela nos ligam.
É isso mesmo que sinto quando ouço Zeca Afonso, a quem devo, indubitavelmente, 
nos finais dos anos sessenta, as minhas primeiras visitas ao mundo da oposição à ditadura salazarenta, depois continuadas pela convivência com as "outras mentalidades" dos penicheiros estudantes em Lisboa, pela frequência da Húmus e do CICARP.
É verdade que hoje, felizmente, a malta está avisada; porém a corja continua à janela, os (neo)fascistas voltam a conspirar...
Entretanto, o país continua a ir de carrinho: 
"Mas não se esqueçam do tacho    Que o papá vos garantiu     Ao fazer voto perpétuo       De ir prà puta que o pariu"


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