"Um dia a Mentira encontrou a Verdade e disse-lhe:
- Bom dia, dona Verdade!
E a Verdade foi conferir se realmente era um bom dia: olhou para o céu, não viu nuvens de chuva, não sentiu vento e notou que até havia pássaros a cantar. Então, admitindo que aquele seria um bom dia, respondeu para a Mentira:
- Bom dia, dona Mentira!
- Está muito calor hoje, disse a Mentira.
E a Verdade vendo que a Mentira falava a verdade, relaxou.
A Mentira então convidou-a para se banhar no rio. Despiu as suas vestes, saltou para a água e disse:
-Venha dona Verdade, a água está uma delícia!
E assim que a Verdade, sem duvidar da Mentira, se despiu e mergulhou, a Mentira saiu da água vestiu-se com as roupas da Verdade e foi embora.
A Verdade por sua vez recusou a vestir-se com as vestes da Mentira e, por não ter do que se envergonhar, saiu nua, caminhando rua fora.
E assim, desde então, esta é a razão por que, aos olhos de muita gente, é sempre mais fácil aceitar a Mentira vestida de Verdade do que a Verdade nua e crua”.
(Parábola judaica)
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