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Não é que o PS não tenha culpaS no cartório das privatizações, mas a verdade é que, quererem (quer a Direita ressabiada, quer a Esquerda encornada) fazer puxa-saco com Pedro Nuno Santos, não será o mais indicado.
Primeiro, porque - à moda dos "homens do norte" que não vão à manicure aparar a ponta das unhas - ainda faz gala de dizer (quase) tudo o que tem na cabeça e não nas folhas A4 com o emblema, vindas das ¿sedes?
dos partidos.
Depois, porque não hesita em confrontar a versão SARS-cov2 do capitalismo que os advogados do neoliberalismo à portuguesa defendem, quando acusam o Estado de não ressarcir minimamente os prejuízos das empresas e empresários (que na minha terra se chamam "barcos da casa") com quem, incessantemente, arquitectam formas de não declarar lucros colectáveis.
Por último, porque PNSantos faz da voz a sua melhor arma; e se o timbre lhe facilita o discurso, a sua alta frequência e intensidade podem valorizar o seu argumentário em hemiciclos políticos tão disfónicos (e afónicos) como os que frequenta e que, quer como governante, quer como militante partidário, fazem dele mestre da democrática hipocrisia política portuguesa que, há 47 anos, tirou o Poder à outra hipocrisia política portuguesa: a de Deus, Pátria e Família!