sábado, 29 de novembro de 2008

BNU - "Um Banco ao Serviço do Povo"

Quando, de longe a longe, dois amigos se encontram é uma alegria. Quando, de tempos a tempos, vinte amigos se juntam é uma festa.
E, ontem á noite, festa foi a confraternização de três gerações. Eu e os meus amigos, ex-colegas do “abatido” BNU - Peniche . Um banco do tempo em que os clientes eram pessoas - não números, como hoje; uma Agência onde muitos passaram 10, 15, 20 ou mais anos da sua vida a trabalhar em equipa e a conviver com as alegrias e tristezas uns dos outros em franca solidariedade. Os objectivos comerciais eram, prática, pura e simplesmente, guardar ou emprestar dinheiro. Não tínhamos de vender promessas, relógios, canecas das Caldas, couves de Bruxelas, vinhos, automóveis, casas ou viagens”. Os activos tangíveis é que eram a realidade das empresas. A fiscalidade era um inferno; não havia paraísos fiscais (Offshores) inventados para dar cobertura a actividades ilícitas dos muitos lícitos gestores, governantes e políticos. Na bolsa o risco do negócio era com conhecidas acções e obrigações; “as aplicações, os fundos, os futuros e os emergentes” vieram depois. Por isto tudo é que me orgulho de ter sido quadro de um BANCO. Dos que davam dinheiro ao Estado. Não sou do tempo em que (como dizia o meu grande mestre e saudoso amigo Vilela) um bancário era, depois do regedor, do médico e do professor, a pessoa cuja importância era das mais socialmente aceites sem grandes reservas. Mas, ainda sou do tempo em que sê-lo era sinónimo de “pessoa séria e cumpridora, nada constando em seu desabono”. Hoje, acredito que ainda assim seja. Mas, se bem que a altos níveis, as lutas fraticidas e a promiscuidade ameaçam a classe. Os exemplos têm sido muitos e graves.
E ainda só emergiu a ponta do iceberg ...
Em memória do Manuel Vilela.
Obrigado a: Jacinta, Ana Maria, Carlos Jorge, Cândido, Nela, Beta, Hélia, Bárbara, Tó-Zé, Figueiredo,J.Viana, Ricardo, Mendonça, Ricardo Martins, Soares, J.Baptista, Pedro, Jorge, Colaço, Coelho, Ivone,Artur, Juca, Quim, Mª José, Piedade, Laura e Vidaúl.

1 comentário:

Anónimo disse...

Julgas que foi só nos bancos que se passou o que bem descreves?

Foi «giral» como a falta de luz....

Conforma-te e envelhece mantendo esses contactos tão gratos.

Abrç
Jacinto