segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Os benfiquistas agradecem, mas ...

O meu relacionamento com o futebol começou normalmente, por volta dos cinco/seis anos à volta dos empedrados das ruas Afonso Albuquerque e Pedro A. Monteiro, entre as ausências do árbitro oficial - o polícia - senhor João (a quem carinhosamente chamavam de Carocé (?).
Com as escolas, primária e secundária, as prestações foram evoluindo tanto em quantidade como em qualidade, quer nos campeonatos no Campo da Torre, quer nos sempre curiosos embates escolares entre turmas ou cursos (lembro as disputas entre "indústria" e o meu "comércio").
Até que, por volta dos meus quatorze anos, fui treinar aos júniores durante uma semana só para experimentar o futebol mais a sério (pois os meus 70 quilos de peso nem sequer me deixavam sonhar). O saudoso Dionísio Costa, na altura o habitual director-treinador do GDP, punha-me a correr à volta do Baluarte mas, passadas duas voltas, lá estava eu sem folgo para dar um passo. Então dizia-me ele: - "Ó Zé, tens os calções muito pesados. Se queres jogar à bola tens que perder lastro..."
Foi suficiente para mim. Percebida a mensagem, deixei a bola para a praia e para os jogos preparatórios de almoçaradas, e dediquei-me ao desporto das raquetes.
É claro que não abandonei o futebol. Passei foi a praticá-lo à boa moda portuguesa: assistindo sentado na bancada ou na cadeira do café frente à TV, discutindo as opções dos treinadores, as asneiras dos jogadores, as burrices dos árbitros, as espertezas dos dirigentes, lendo (se possível de borla) os três jornais desportivos nacionais, enfim, tudo como manda o cardápio do nosso futebol.
Para melhorar este meu curriculo futebolez, tenho na família duas figuras da velha-guarda primodivisionária, mais um campeão europeu numa equipa de um dos "quatro grandes" e uma jovem esperança a afirmar-se nas coisas da bola.
Dito isto, aliás, escrito isto, resta-me apenas dizer que, nestas coisas de futebol, posso não ter, aliás, não tenho mesmo, os méritos analíticos de um Jorge Baptista, de um Ribeiro Cristovão, ou de um Vitor Serpa.

Ah, é verdade, quase que me esquecia o motivo desta crónica !
É que ontem, ontem à noite, viram o jogo entre o FCPorto e o SCBraga?
Os de Braga beberam chá de camomila à refeição ou snifaram Xanax antes do jogo?


Chamem-me os nomes que quiserem. Mas, no último fim-se-semana do próximo mês de Março, vamos ver a diferença de comportamentos na Luz, contra o Benfica sabem ...!?

Faccioso, eu?
Depois falamos!

1 comentário:

Anónimo disse...

Não admira que contra o Benfica, todos queiram mostrar serviço. Até O Braga, que já assumiu que queria ser campeão. (Se calhar se o FêCêPê - no Pê, não é de Pedrosa -, for campeão o Braga sente que contribuiu para isso). Contra o benfica todos comem a relva, falando fotebulez! Já repararas-te que contra o benfica, normalmente os melhores em campo são os Guarda-Redes? (Quando não é o árbitro?!!!)
Saudações benfiquistas
Jorge