quinta-feira, 31 de março de 2011

Desasossegos

Apesar de tudo (o que se passa/ou/rá) acredito que "a Democracia é o pior de todos os regimes com excepção de todos os outros".(W.Churchill)

Mesmo reconhecendo viva e actual a razão de Zeca Afonso, este singular trecho da prima Inês resume o verdadeiro sentimento dos que preferem a liberdade da diferença ao sossego dos dias iguais: "é melhor haver uma democracia pobre, suja, esfarrapada, do que uma ditadura
opulenta. A democracia magoa, zanga-nos, dá trabalho - é como o amor".

Por isso é que nos dói tanto!



terça-feira, 29 de março de 2011

Surrealisticamente


"Teoricamente, o homem é um ser humano.
Praticamente, é um tubo furado nas duas extremidades.
Mecanicamente, é um corpo pesado que rola de um abismo a outro. Biologicamente, é um esqueleto hábil.
Poeticamente, é um herói de sorriso doce".

segunda-feira, 28 de março de 2011

A um (grande) rapaz da minha idade

“É rapaz da minha idade” - dizia a minha saudosa avó São (já perto dos noventa anos) quando o acaso fazia da conversa alguém da sua geração.

Pois bem, este senhor - rapaz da minha idade - foi hoje distinguido com o prémio Pritzker, o maior galardão mundial na área da Arquitectura.

Como desde que me conheço sinto uma enorme admiração por arquitecturas, quando, há uns 25 anos, decidi fazer a minha casa, descobri a obra de Souto Moura nas minhas viagens/leitura ao maravilhoso mundo dessa arte.

E, como se não bastasse a simpatia que senti pela sua forma de inovar a tradição, o facto de ambos termos nascido na mesma data fez-me adopta-lo como se de um irmão se tratasse e levou-me a seguir atentamente o seu percurso profissional.

Afinal, ambos gostamos de Arquitectura: eu gosto de vê-la, Souto Moura de fazê-la, e bem!

domingo, 27 de março de 2011

(porque) Eleições à porta - epílogo

"...Hoy resulta que es lo mismo
ser derecho que traidor..!
Ignorante, sabio, chorro,
generoso o estafador!
Todo es igual! Nada es mejor!
Lo mismo un burro
que un gran profesor!
No hay aplazaos ni escalafon,
los inmorales nos han igualao.
Si uno vive en la impostura
y otro roba en su ambicion,
da lo mismo que sea cura,
colchonero, rey de bastos,
caradura o polizon..."
(Cambalache de Enrique Discepolo)

sexta-feira, 25 de março de 2011

(porque) Eleições à porta - II

... deixo aqui uma ajudinha aos meus (tantos) Amigos lagartoleões que ainda não tenham feito a sua escolha para a liderança sportinguista.

(e, ó senhor PR Cavaco, se calhar, não seria má ideia aproveitar a ganzo-estratégia chinesa do Paulo Futre!
Quem sabe, se a escolha de um 1º- ministro chinês para governar Portugal, não nos traria mais ásia para (a)pagar a nossa azia...)


quinta-feira, 24 de março de 2011

(porque) Eleições à porta

... aqui fica a última palavra em formação política - ou como ter sucesso em dez simples lições.

É grátis e, se o candidato não deputar desta vez, para a próxima deputará!


quarta-feira, 23 de março de 2011

Adios muchachos




"Adeus rapazes, companheiros de minha vida, turma querida daqueles tempos.
Cabe a mim hoje empreender a retirada,
devo afastar-me de minha boa rapaziada,
Adeus rapazes, já me vou e me resigno.
Contra o destino ninguém argumenta.
Acabaram para mim todas as farras,
meu ser enfermo não resiste mais".
(Carlos Gardel)


segunda-feira, 21 de março de 2011

Springfeelings

Ó andorinha da primavera

ai quem me dera também voar
que bom que era

Ó Andorinha

na primavera

também voar

sexta-feira, 18 de março de 2011

Profundidades políticas e não só.






"Gosto de porcos.

Os cães olham-nos de baixo, os gatos olham-nos de cima.

Só os porcos nos olham de igual para igual."

(Winston Churchill)

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ressaca carnavalesca

... depois de, finalmente, ter encontrado uma versão publicável da marcha "Os amantes da vaga" que o Grupo Vai Sempre - rei dos carnavais penicheiros - apresentou no carnaval deste ano.
Como é hábito deste grupo as regras cumpriram-se e a crítica politico-social foi, o tema forte desta cégada, como, aliás, tem sido ao longo dos carnavais que Peniche tem oferecido como alternativa às manifestações mais abrasileiradas que invadem o país.
O que eu (ainda) não consegui perceber - e é por isso que hoje aqui estou - foi a onda de rumores(?) gerados em volta desta marcha: desde ameaças a funcionários públicos, recados a familiares e elementos do grupo, intimidações a quem a publicasse, enfim... aquelas coisas que emprenham os boatos.
Não é que eu seja crente na velha máxima penicheira que diz (mais ou menos) "se os filhos do ... falam é por que é verdade". Mas, às vezes, Peniche cheira mal. E não são os odores do(s) guano(s) e da Etar. É pior: de vez em quando cheira a falso, a escuta, a perseguição, a delação, a MEDO.
Termino, lembrando que a CENSURA do Estado Novo, ao verificar a popularidade das cégadas, aboliu-as.



quarta-feira, 16 de março de 2011

O circo do(s) sítio(s) do costume


Que Portugal (cada vez mais) parece um circo, já (quase) todos admitimos.
Mas, contrariamente ao que é habitual nos circos, neste grande circo à beira mar montado, todos os dias aparecem novas e espectaculares actuações de equilibrismo económico, palhaçada fiscal e magia contributiva.
O pior é que, até nestas encenações, o prejudicado (para ser simpático) continua a ser sempre o mesmo palhaço - o que não veste de branco.

terça-feira, 15 de março de 2011

Estórias carochantes

Depois do meu banho diário da informação sobre o que por cá se passa, só me lembro das estórinhas que a minha mulher costumava (tão bem) contar às crianças do jardim de infância.
Não me recordo muito bem os nomes das estórias, mas acho que havia uma do Monstro e a Bela.
E não havia outra dos Porquinhos e o Lobo Mau?
Bahhh! acho que os títulos estão diferentes.
Fica o enredo, é o que interessa (?)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bom dia pai !

Em 1960 foi assim celebrado o 30º aniversário do meu grande amigo Jacinto.
Hoje, passados cinquenta e um anos, noutra festa, outras pessoas partilharam com o mesmo aniversariante a alegria de poder trocar mais um abraço de parabéns.



sábado, 12 de março de 2011

Falta muito ?

Demagógicas ou não, a verdade é que as manifestações de hoje tiveram o condão de mostrar ao país e à geração governante que há umas largas dezenas de milhar de portugueses instruídos e cultos à beira do seu limite de espera para serem alguém pelo que sabem e valem.
E, mesmo que paternalmente mimados com as Levi's, Timberland, Quebramar, D&G, All Stars ou H&M e mais não sei o quê, têm direito a uma vida própria, sua.
A minha (grande) dúvida passa pela sua legitimidade enquanto auto-proclamados representantes da "geração à rasca".
Porque, depois das últimas ordens de Berlim, daqui a pouco, à rasca, à rasca, vão ficar todas as gerações onde haja povo cujo nacional-desenrascanço esgotou, ou gente que não se abone pelos lugares do sistema, ou, ainda, as pessoas que não frequentem os sítios do costume...

sexta-feira, 11 de março de 2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Trocas e baldrocas





os beijos sem ardor,
as emoções aos farrapos

abraços sem vigor,

os apertos mais fracos

trocam tudo por amor

os velhos... os trapos.


terça-feira, 8 de março de 2011

Triste Carnaval

Você e eu descobrimos No triste carnaval Uma música brutal Melodias de dor
Você e eu despertamos E no lento delirar Uma música brutal Incendiou nossa paixão
Dê-me seu calor Beba do meu amor