Tenho para mim que, por óbvias razões partidárias, a consciência de classe, imediata e naturalmente obtida pelos trabalhadores pós-25 de Abril, foi mal cultivada no meio sindical português.
Essa má educação terá contribuído (embora parcialmente) para um dos meus grandes desgostos ideológicos: verificar, na prática, que a rentabilidade de uma empresa explorada pelo Estado nunca é igual (nem sequer parecida) à da sua exploração privada.
Constatar a falência teórica da distribuição dos proveitos pelo colectivo, piorada com a subsidio-dependência do Estado patrão, foi um processo muito custoso, sobretudo quando, a gestão privada das mesmas empresas provou, rapidamente, as suas virtudes, alcançando sempre lucros distribuíveis por "meia dúzia" de accionistas.
Esta casualidade, ao longo dos últimos 35 anos, fez com que o tecido privado da economia portuguesa, à medida que (re)conquistava empresas públicas, absorvesse muita daquela mão-de-obra viciada que todos nós conhecemos e que o patronato sempre usa para justificar os seus fracassos económicos, muitos deles com origem na ganância e no seu baixo nível empresarial.
Ora, como esta relação de amor-ódio vem ao de cima sempre que as partes tentam concertar-se, com o patrocínio governativo, desta vez, parece que a balança tende fortemente para o sítio do costume...
Esta casualidade, ao longo dos últimos 35 anos, fez com que o tecido privado da economia portuguesa, à medida que (re)conquistava empresas públicas, absorvesse muita daquela mão-de-obra viciada que todos nós conhecemos e que o patronato sempre usa para justificar os seus fracassos económicos, muitos deles com origem na ganância e no seu baixo nível empresarial.
Ora, como esta relação de amor-ódio vem ao de cima sempre que as partes tentam concertar-se, com o patrocínio governativo, desta vez, parece que a balança tende fortemente para o sítio do costume...
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