Há pouco mais de cem anos, após a implantação da República, a contestação do Estado católico levou Afonso Costa à publicação da lei da Separação das Igrejas do Estado, tentando assim a neutralidade do poder político em matéria de religião.
Apesar da forte resistência do clero e da Santa Sé, a laicidade de Portugal permaneceu durante o Estado Novo, não obstante a recuperação de privilégios pela Igreja católica, cuja notoriedade e forte influência continuaram na vida oficial da nação.
Entretanto, o regime democrático saído da revolução de 25 de Abril reforça a laicidade do Estado pela Constituição da República, pela lei de Liberdade Religiosa e pela nova Concordata.
Ou seja, apesar do inegável peso e influência da religião católica na maioria dos portugueses, não restarão dúvidas que Portugal é um estado laico.
Ou seja, apesar do inegável peso e influência da religião católica na maioria dos portugueses, não restarão dúvidas que Portugal é um estado laico.
Ou restam?
Então como se explica que a eliminação (inconsequente) dos feriados imposta pela troika tivesse de merecer a benção do Vaticano para os dois dias "santos", enquanto os outros dois dias continuam "desabençoados" por falta do consenso nacional que deveria merecer a morte anunciada da celebração de tão grandes efemérides nacionais como o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro?
Em boa verdade, afinal, houve alguém - no processo troikano - que conseguiu bater o pé, mas não dá para perceber.
Ou será como dizia o cómico brasileiro: "... você é que complica!"
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