O episódio agridoce que, ontem, a cadeia de supermercados Jerónimo Martins ofereceu à nação, merecerá, por certo, a classificação de um "case study" sociológico.
Enquanto isso, apetece-me aqui conspirar que tudo isto não passou de uma encomenda do nosso governo troikano tendo em vista a próxima medida económica a impor aos portugueses - inspirada na experiência de vida da senhora dona Merkel no seu tempo de cidadã-alemã-de-2ª (RDA): as senhas de racionamento.
Ora, a serenidade, o respeito e solidariedade ontem demonstradas pelos portugueses do costume no sítio do dito cujo, aposto, terão garantido a PPCoelho/VGaspar a exequibilidade da (multi-prometida) devolução dos subsídios de férias e Natal a partir de 2018.
Encontrada a solução que poderá agradar a todos, então, meus amigos, daqui a seis anos, independentemente de quem nos governar, independentemente do presidente da República ser Marcelo Rebelo Sousa, Mário Soares ou, quem sabe, D. Duarte Pio, uma coisa será certa: os portugueses irão receber subsídios de férias e Natal em €tickets: qualquer coisa como senhas convertíveis em tudo o que seja possível consumir.
Dúvida: será que o então ministro das finanças (Medina Carreira?) considerará os impostos matéria consumível?
A ver vamos!
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