Não (só) por ser à minha porta que bate, todos os dias 19 de cada mês, o germanófilo homem do fraque; ou porque duvido (muito, mas mesmo muito) que a corja de chulos que viveram, vivem e, provavelmente, viverão até ao fim das suas vidas à custa dessa grande puta que tem sido o Estado Português desde a sua adesão à CEE/UE, sejam penalizados (pelo menos) na mesma proporção que a maioria dos actuais contribuintes-amortizantes da Dívida.
A minha ira transvaza-se porque da tamanha violentação fiscal da actualidade ninguém consegue dissociar o sentimento de impunidade de que gozam os malfeitores que, principalmente em cargos públicos, dolosamente – de forma directa ou indirecta – actuaram em benefício pessoal e/ou de grupo, prejudicando as finanças do país.
Por isso - quando e só quando a montanha da Justiça desta nação acabar com os faits divers processuais da advocacia corporativista que (se) governa o país e parir a condenação desses muitos ratos que roeram a carne aos milhões de portugueses que neles depositaram a expectativa de uma vida economicamente melhor, mais justa, livre e fraterna - é que o desânimo que me faz sentir nojo de ser cidadão deste país, dará lugar ao despontar de uma leve esperança de me sentir um Português com quase mil anos de vida.
1 comentário:
esta semana tens andado inspirado, primaço!
será que esse "regresso" tão ativista quer dizer alguma coisa?
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