quarta-feira, 10 de outubro de 2012

... mas que as há, há!

Depois de ler a abordagem do jornal i de hoje, sobre a  legalização da prostituição senti que hoje, finalmente, iria dar voz letra a uma ideia que sempre me ocorre quando os governos da Nação elegem os aumentos do IVA e/ou do IRS como solução fácil de cobrir défices dos OE's.
A discussão (?) é tão velha quanto a "profissão". Ou seja, proíba-se, apoie-se, critique-se, aplauda-se, esconjure-se, ignore-se, repudie-se ou pratique-se, mas a verdade é que prostituição está aí - como desde sempre esteve e estará até que a virtualidade atinja (de morte, digo eu) o relacionamento sexual.
E sendo certo que o actual "laissez faire, laissez passer" - em minha opinião inexplicável num país com sérios avanços em direitos de relações humanas - potencia elevados custos e riscos de saúde, não seria menos certo que a legalização desta actividade faria também entrar muito dinheiro em impostos nos cofres do Estado. 
Apesar de difícil confirmação, em 2010 os números portugueses apontavam para a existência de 28.000 prostitutas. Fazendo umas contas muito baratas (ligando o descomplicómetro) e prevendo até a habitual tendência nacional de fuga-ao-fisco, em sede de IVA (23% Serviços Prestados) o Dr. Vitor Gaspar arrecadaria, anualmente, muito perto de 50 milhões de euros... (e esta, hem?).
A quem possa achar completamente descabida esta ideia, que, hoje aqui deixo, na esperança (vã) que os SS do ministro Relvas a incluam no seu relatório diário da vigilância blogueira, ofereço mais uma sugestão, só para experimentar:
- E se cada anúncio  do tipo "convívio" | "relax" | ou outros mais ou menos disfarçados que os jornais diários publicam - suponho que (hipocritamente) permitidos por lei - passassem a pagar ao Estado uma taxa especial de 5€?
- E se o mesmo fosse feito por cada anúncio nos sites de acompanhantes que proliferam na internet?

Pois é. Se calhar "vale a pena pensar nisto", também...

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