Todos os portugueses sabem que quem satura os serviços dos
hospitais públicos e dos centros de saúde é a malta que "entrega" ao Estado, em IRS e SS/ADSE, directa e indirectamente, 50% do seu (passado ou presente) vencimento ilíquido. Aliás, é normalíssimo vermos as salas de espera dessas unidades apinhadas de engenheiros, graduados das forças de segurança nacional, advogados, administradores, professores, juízes, empresários, bancários, funcionários e aposentados da função pública, membros do governo e seus acessórios, enfim... (há quem afirme a pés juntos já lá terem visto os Soares, os Belmiros, os Espiritos Santos e Ulriches, os Mellos e até, veja-se, o presidente Cavaco Silva).
Todos os portugueses sabem que são os filhos dessa mesma gente que consomem as vagas das escolas e universidades públicas, deixando as privadas Lusófona, Católica, Lusíada, etc. para os filhos de agregados familiares onde imperam rendimentos pouco ou nada superiores ao ordenado mínimo nacional.
Todos os portugueses sabem que a maioria das
miseráveis reformas deste país são auferidas por essa laia de pequenos milionários que são os ex-qualquer coisa do Estado, tal como os
subsidios de desemprego e reinserção social, preferencial e maioritariamente atribuidos a
ricos.
Toda a Nação sabe disto.
Por isso, estranha-se que o Governo tenha necessitado de mais um estudo para se documentar sobre tamanha realidade, principalmente porque serão a maioria dos militantes dos seus partidos (CDS.PP/PPD.PSD) os tais maiores beneficiários do Estado.
Ora, ver PPCoelho ser juíz em causa própria... não sei não!!!
Toda a Nação sabe disto.
Por isso, estranha-se que o Governo tenha necessitado de mais um estudo para se documentar sobre tamanha realidade, principalmente porque serão a maioria dos militantes dos seus partidos (CDS.PP/PPD.PSD) os tais maiores beneficiários do Estado.
Ora, ver PPCoelho ser juíz em causa própria... não sei não!!!
2 comentários:
O governo percebeu que aumentando mais os impostos a receita diminuiria, por isso no equilíbrio das suas contas vai recorrer à sua última hipótese: redução drástica das despesas.
Há um grande senão: a opinião pública altamente desfavorável, capaz de motivar motins e em último caso levar à queda do executivo. Por isso, aprendeu com a tentativa (falhada) de conquistar simpatia para estas medidas (ao falar da "refundação") que para os portugueses o "estado social" é um tabu e qualquer pequena mexida no conceito inflamaria a população. Nova estratégia do governo: arrasar a ideia que o povo tem do estado social. Parece-me uma aposta certeira para o fim em causa.
já que utilizas a figura da zeladora da moral e bons costumes telenovelescos, bem que podias chamar "miss pirangi" a esse invertido da governação.
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