Penicheiradas(?)

O recente acidente de viação (ontem) ocorrido em Peniche acionou mais uma vez o sistema de evacuação por helicóptero do INEM, levando a que a sinistrada chegasse rapidamente aos socorros de que necessitava - tendo, neste caso, sido evacuada para o hospital de Santa Maria em Lisboa.

Quando o helicóptero do INEM vem fazer este serviço a Peniche (e, infelizmente, não é coisa rara) fá-lo no campo de treinos/futebol no parque da cidade, obrigando à montagem de um sistema de protecção e segurança que envolve, principalmente, as forças da PSP e os bombeiros. Manobra que ocupa, pelo menos, umas vinte pessoas e, provavelmente, atrasará a evacuação, se comparada com o tempo de mudança feita directamente do hospital.

Ora, correndo o risco de cometer algum erro próprio da minha ignorância socorrista, há uma questão que sempre levanto a mim próprio quando me apercebo destes episódios e que, por aqui, lanço à discussão:

- Se o hospital de (S.Pedro Telmo) Peniche teve uma zona apropriada a aterragem de helicópteros transformada(?) em parque de estacionamento - com uma área livre acima dos 1.200m2 -  porque razão é que as evacuações aéreas do INEM são (sempre) feitas fora do hospital, obrigando à montagem de um aparato de protecção e segurança que envolve nunca menos de 20 pessoas e 2  viaturas especializadas? Para não falar (no que acho mais importante) na inevitável diferença de tempo e qualidade de evacuação entre o saír do hospital directamente para o helicóptero e fazê-la com recurso a transbordo por ambulância...

Não quero armar-me "em sapateiro tocando rabecão", mas não é assim tão irracional, pois não?