Em plena era "troikiana" saíram diariamente de Portugal nove milhões de euros para offshores - uma espécie de praças de candonga económica, simpaticamente chamadas de "paraísos fiscais". Presentemente, segundo dados do Banco de Portugal, a fuga fixou-se em dois milhões de euros por dia.
Calcula-se
que estas praças ajudem 60 milhões de pessoas no mundo inteiro, através de 3,5
milhões de companhias de papel, milhares de bancos e companhias de seguros de
refúgio, mais de metade dos barcos comerciais registados acima de 100 toneladas
e dezenas de milhares de subsidiárias de refúgio para os maiores bancos do
mundo, firmas de contabilidade e energia, de software, tráfico de drogas ou negócios de defesa.
É claro que a nacional-hipocrisia apadrinhando a fiscalidade portuguesa "arranjou" uma solução semântica (mas não só...) para esta pouca vergonha e chamou-lhe Zona Franca da Madeira que tem sido palco de encenações famosas interpretadas por oligarcas russos, por gentes da Swatch, da Bell, do falecido Kadhafi, da Novartis e até, pasme-se, do "nosso amigo do costume" Jerónimo Martins.
As curiosidades não ficam por aqui, mas a minha paciência para a investigação está a esmorecer com as minhocas que em cada cavadela vão aparecendo. Por isso, meus amigos, se acreditarem que nada mais vos surpreenderá... continuem por mim, por aqui.
As curiosidades não ficam por aqui, mas a minha paciência para a investigação está a esmorecer com as minhocas que em cada cavadela vão aparecendo. Por isso, meus amigos, se acreditarem que nada mais vos surpreenderá... continuem por mim, por aqui.
(Curiosidade final: enquanto produzi este texto, já saíram de Portugal 50.000€ para offshores)
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