terça-feira, 5 de abril de 2016

Mossak, Fonseca, Galhão e Cª Limitada

Em plena era "troikiana" saíram diariamente de Portugal nove milhões de euros para offshores - uma espécie de praças de candonga económica, simpaticamente chamadas de "paraísos fiscais". Presentemente, segundo dados do Banco de Portugal, a fuga fixou-se em dois milhões de euros por dia.
Calcula-se que estas praças ajudem 60 milhões de pessoas no mundo inteiro, através de 3,5 milhões de companhias de papel, milhares de bancos e companhias de seguros de refúgio, mais de metade dos barcos comerciais registados acima de 100 toneladas e dezenas de milhares de subsidiárias de refúgio para os maiores bancos do mundo, firmas de contabilidade e energia, de software, tráfico de drogas ou negócios de defesa.
É claro que a nacional-hipocrisia apadrinhando a fiscalidade portuguesa "arranjou" uma solução semântica (mas não só...) para esta pouca vergonha e chamou-lhe Zona Franca da Madeira que tem sido palco de encenações famosas interpretadas por oligarcas russos, por gentes da Swatch, da Bell, do falecido Kadhafi, da Novartis e até, pasme-se, do "nosso amigo do costume" Jerónimo Martins.
As curiosidades não ficam por aqui, mas a minha paciência para a investigação está a esmorecer com as minhocas que em cada cavadela vão aparecendoPor isso, meus amigos, se acreditarem que nada mais vos surpreenderá... continuem por mim, por aqui

(Curiosidade final: enquanto produzi este texto, já saíram de Portugal 50.000€ para offshores)


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