Depois do recado encomendado ao Expresso pelo presidente Marselfie, os duvidosos sentiram-se encorajados e a eutanásia vai continuar a ser opção só para algun$.
Mas há quem diga que este resultado foi fruto de grande negociação político-partidária.
Mas há quem diga que este resultado foi fruto de grande negociação político-partidária.
E concordo! Especialmente, porque, depois de ter lido esta crónica diabólica de Laurinda Alves sobre o tema, percebi que para o Estado [leia-se partidos do centrão] será preferível (económicamente, claro!) os hospitais continuarem a ter "doentes terminais em sofrimento" do que as cadeias ficarem (ainda mais) superlotadas por médicos e enfermeiros condenados por, indiscriminadamente (a acreditar na teoria de dona Laura), "eutanasiarem" pessoas: porque "dura lex sed lex", ou porque se tratavam de "velhinhos" sem eira nem beira, ou porque o porteiro do hospital o pediu - em nome da herdeira, prima da sua sobrinha, ou porque o velhote era sócio do Benfica e merecia, ou só porque sim...ou, ou...
Assim sendo, talvez tenha sido melhor o NÃO.
Mas os velhinhos vão continuar a morrer; apesar de não o quererem, muitos velhinhos vão morrer porque o filho, o cuidador, o médico, o enfermeiro, ou, em última análise, o Estado se esqueceu, descuidou ou errou; na maior parte dos casos, sem qualquer consequência cível para a morte "acidental"...
Assim sendo, talvez tenha sido melhor o NÃO.
Mas os velhinhos vão continuar a morrer; apesar de não o quererem, muitos velhinhos vão morrer porque o filho, o cuidador, o médico, o enfermeiro, ou, em última análise, o Estado se esqueceu, descuidou ou errou; na maior parte dos casos, sem qualquer consequência cível para a morte "acidental"...
E então, quem vota contra?