Mais de vinte e cinco anos como “bombeiro de secretária” vividos na corporação de Peniche, permitiram-me entender como o “ser voluntário” é um estado de alma; não é um impulso, uma crença ou opção. Isto, a sociedade civil ainda não percebeu; primeiro nasce-se voluntário, depois é que se escolhe como.
É claro que no mundo actual, mercenário, onde (quase) tudo depende de pagamento, é difícil compreender outros códigos menos materialistas. Mas esse defeito cultural não deveria concorrer para o clima de suspeição que, habitualmente, se atira para cima de quem faz o que quer que seja, unicamente por amor á(s) causa(s) abraçada(s).
Nos últimos dias, senti no ar o crescimento da desconfiança com que, às vezes, é visto o mundo dos Bombeiros, nomeadamente por algumas entidades públicas e gente da rua: é uma ministra que, negando a comparticipação justa do preço/Km pretendido pelos Bombeiros Portugueses, lembra as outras ajudas (?); é um autarca de uma freguesia deste concelho que me afirma “duvidar de algumas contas dos Bombeiros”, é um grupo de comerciantes que antevê prejuízos (?) por causa de um parque de estacionamento dos BVP, e, até um outro respeitável (diz ele) cidadão penicheiro que acha exagerados os subsídios (?) atribuídos aos Bombeiros pela Câmara Municipal …
Que tristeza, meus senhores ! Então se as Associações de Bombeiros Voluntários são entidades, sem fins lucrativos, que prestam serviços públicos, muitos deles gratuitos - não tendo ajudas, subsídios, quotizações e receitas de explorações legalmente concedidas – sobrevivem como ?
De facto, parece que o fraco espírito de cidadania da sociedade portuguesa está a ganhar adeptos, em contra-ponto com o crescente grau de ensino obrigatório (que, infelizmente, não tem aumentado a nossa literacia).
Assim sendo, confirmar-se-á a morte de voluntariado, e o Estado assumirá integralmente as suas responsabilidades no capítulo da protecção civil, profissionalizando-a.
Nessa altura, podem crer que, os detractores de hoje, candidatar-se-ão a bombeiros - de secretária ou de mangueira !
É claro que no mundo actual, mercenário, onde (quase) tudo depende de pagamento, é difícil compreender outros códigos menos materialistas. Mas esse defeito cultural não deveria concorrer para o clima de suspeição que, habitualmente, se atira para cima de quem faz o que quer que seja, unicamente por amor á(s) causa(s) abraçada(s).
Nos últimos dias, senti no ar o crescimento da desconfiança com que, às vezes, é visto o mundo dos Bombeiros, nomeadamente por algumas entidades públicas e gente da rua: é uma ministra que, negando a comparticipação justa do preço/Km pretendido pelos Bombeiros Portugueses, lembra as outras ajudas (?); é um autarca de uma freguesia deste concelho que me afirma “duvidar de algumas contas dos Bombeiros”, é um grupo de comerciantes que antevê prejuízos (?) por causa de um parque de estacionamento dos BVP, e, até um outro respeitável (diz ele) cidadão penicheiro que acha exagerados os subsídios (?) atribuídos aos Bombeiros pela Câmara Municipal …
Que tristeza, meus senhores ! Então se as Associações de Bombeiros Voluntários são entidades, sem fins lucrativos, que prestam serviços públicos, muitos deles gratuitos - não tendo ajudas, subsídios, quotizações e receitas de explorações legalmente concedidas – sobrevivem como ?
De facto, parece que o fraco espírito de cidadania da sociedade portuguesa está a ganhar adeptos, em contra-ponto com o crescente grau de ensino obrigatório (que, infelizmente, não tem aumentado a nossa literacia).
Assim sendo, confirmar-se-á a morte de voluntariado, e o Estado assumirá integralmente as suas responsabilidades no capítulo da protecção civil, profissionalizando-a.
Nessa altura, podem crer que, os detractores de hoje, candidatar-se-ão a bombeiros - de secretária ou de mangueira !
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