segunda-feira, 16 de abril de 2012

Surf-de-peito (feito)

Julgo que a minha paixão pelo mar começou nos anos sessenta do século passado (escrito assim até assusta) quando eu e muitos outros penicheiros, que  frequentavam habitualmente as praias do Molhe Leste ou de Peniche de Cima, passávamos as horas de banho de mar a "apanhar carreiras" - um género de surf sem fato, prancha, ou qualquer artefacto especial que não fosse, nalguns casos, um par de barbatanas manhosas.
Confesso que, apesar de não ser muito atrevido, algumas vezes consegui coragem para desafiar as ondas das marés vivas de Setembro e, aí sim: sentir aquele prazer indescritível que nos dá a velocidade, neste caso, deslizando em cima de uma onda em rebentação.
Tanto me habituei a este passatempo que ainda hoje não resisto a uma boa meia horita de "carreiras" em ondas bem mais calmas. Sendo certo que detesto uma praia de águas paradas ou mar flat (como agora se diz).
Entretanto, porque nas minhas andanças blogueiras descobri que esse meu gosto de praia terá surgido no Havai, é mundialmente conhecido por bodysurf ou surf-de-peito (Brasil) - aqui fica a minha lembrança desses bons tempos dedicada aos penicheiros apanhadores de carreiras nas ondas, do tempo em que Peniche era uma capital de Mar, não (só) de ondas.

2 comentários:

editor disse...

2xlike!
... tá na hora de descer umas ondas nos super ;o)

Anónimo disse...

Já passou um tempinho de fato, o que não impede de lembrar que alguns dos praticantes deste desporto chegavam à praia atordoados, levantavam-se em desiquilibrio e com pressa para puxar os calções, que na época não eram pelo joelho. Cada um lembra o que mais o marcou! :)