segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Sexo, drogas e reformados

À semelhança dos termos sexo e droga, reformado deve ser, hoje em dia, uma das palavras mais utilizadas na comunicação. Será, em linguagem cibernauta, uma tag e das pesadas.  
Aos poucos, como se de um vírus se tratasse, a opinião pública vai ficando envenenada com a sanha que os actuais governantes e os seus acólitos, diariamente, lançam sobre os reformados e pensionistas: ou porque ganham mais do que deviam pela proporcionalidade dos descontos/anos entregues (quantos são, quem são?), ou porque levam x do orçamento do Estado, ou porque custam Y por dia, ou porque vão ter de ser eles a pagar ainda mais a sustentabilidade Z% do défice autorizado.
Como se a maioria dos reformados tivesse culpa de ter envelhecido, adoecido ou ficado incapacitado irremediavelmente...
Como se a maioria dos reformados, enquanto na vida activa laboral, não tivessem contribuído com o legalmente exigido para os sistemas de protecção social...
Como se os reformados e não soubessem que reduzir o défice do Estado também poderia e deveria começar em "casa" - nos orçamentos da Assembleia da República, no da Presidência da República, nos vencimentos, mordomias e pensões vitalícias dos políticos, dos jubilados, governantes e acessorias.
E no corte das subvenções estatais aos partidos políticos? 
E na penhora e consequente realização das fortunas depositadas em off-shores tituladas por individualidades e empresas de origem BPN/SLN, BPP, dos Furacões, Montes Brancos, etc.?
E renegociar, seriamente, as Parcerias Público Privadas?
E, pura e simplesmente, acabar com a maior parte dos institutos, fundações e organismos de fachada que fazem parte da 13.740 entidades que contribuem para a Despesa anual? 
E combater - pelo mar, pelo ar e por terra, de dia, à noite e de madrugada - a verdadeira economia paralela que já representa mais de 23% do PIB?
Depois... bem, depois podem guardar as sobras num qualquer Fundo que garanta aos portugueses, trabalhadores ou não,  o direito à protecção social que constitucionalmente lhe é consagrado e a
não repetição do Estado-pouca-vergonha em que vivemos.
Naturalmente, a ideia governativa do fácil-sacar aos reformados e pensionistas basear-se-á na fragilidade física da maioria de nós pouco ou nada os fazer temer-nos.
Porém, esquecem que esta geração passou pela instrução militar e sabe mexer em armas. Por isso, ou os governantes dão um tiro nos cornos da Desgraça ou os desgraçados ainda irão rebuscar forças para pregar um tiro nos cornos da sua insensibilidade social e outro nos da sua incompetência política. 
Oscar Kilo? Roger!

2 comentários:

rm disse...


Totalmente de acordo: estou farto destes gajos todos.
Um abraço de Aveiro.

Unknown disse...

Estás a ficar muito violento. E qualquer dia pareces o João Pinto a falar e a escrever. Olha que para chatos do caraças já cá estou eu... Não aguentas? Ai aguentas, aguentas...