Com as recentes decisões do
Tribunal Constitucional sobre a Lei de Limitação dos Mandatos Autárquicos, a
hipocrisia político-partidária protagoniza mais um episódio vergonhoso do
grande triunfo dos porcos que (se) vem governando Portugal desde Abril/74.
Se, EVITAR O CACIQUISMO E,
PRINCIPALMENTE, A CORRUPÇÃO E O COMPADRIO QUE LHE PODEM ESTAR ASSOCIADOS foi,
em 2005, o “espírito” que desceu sobre os 164 deputados (em 175) que fizeram
aprovar a Lei 46, não consigo entender
porque, agora, os seus próprios partidos a
tornearam e embaralharam da forma que se sabe e que gerou toda a
confusão a que o TC acabou de pôr cobro dizendo (mais ou menos) isto:
“circulem, meninos. Circulem!”
Aliás, conseguir entender esta lógica
de perpetuar o compadrio pela rotatividade, eu até consigo, mas é um
entendimento que alguns autarcas meus conhecidos não merecem pela seriedade e
honestidade que puseram na sua vida pública.
Os outros, muitos, mas muitos
mais – os autarcas promíscuos, agentes
do clientelismo que apoia e sustenta a partidarização do regime, esses podem
(dura lex) continuar a tanguear as populações desde que mantenham a vaso-comunicação
partidária e, claro, de três em três mandatos, ir “tocar o tango para
outras ruas.”
1 comentário:
Artigo bem pensado, mas macio demais para a putaria cá da terra.
Para quem tem andado pelo mundo da política local ficou muito por dizer...
Mesmo assim: ****
Anónimo, obviamente.
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