segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Autarcas espanta-espíritos



Com as recentes decisões do Tribunal Constitucional sobre a Lei de Limitação dos Mandatos Autárquicos, a hipocrisia político-partidária protagoniza mais um episódio vergonhoso do grande triunfo dos porcos que (se) vem governando Portugal desde Abril/74.

Se, EVITAR O CACIQUISMO E, PRINCIPALMENTE, A CORRUPÇÃO E O COMPADRIO QUE LHE PODEM ESTAR ASSOCIADOS foi, em 2005, o “espírito” que desceu sobre os 164 deputados (em 175) que fizeram aprovar a  Lei 46, não consigo entender porque, agora, os seus próprios partidos a  tornearam e embaralharam da forma que se sabe e que gerou toda a confusão a que o TC acabou de pôr cobro dizendo (mais ou menos) isto: “circulem, meninos. Circulem!”

Aliás, conseguir entender esta lógica de perpetuar o compadrio pela rotatividade, eu até consigo, mas é um entendimento que alguns autarcas meus conhecidos não merecem pela seriedade e honestidade que puseram na sua vida pública.

Os outros, muitos, mas muitos mais – os autarcas  promíscuos, agentes do clientelismo que apoia e sustenta a partidarização do regime, esses podem (dura lex) continuar a tanguear as populações desde que mantenham a vaso-comunicação partidária e, claro, de três em três mandatos, ir “tocar o tango para outras ruas.”  

1 comentário:

Anónimo disse...

Artigo bem pensado, mas macio demais para a putaria cá da terra.
Para quem tem andado pelo mundo da política local ficou muito por dizer...
Mesmo assim: ****



Anónimo, obviamente.