Argumento: Século XV, D. Afonso, velho fidalgo ciumento, ordena que
todos se afastem quando a mulher, D. Leonor, vai à igreja orar à virgem
das Mercês, Um dia, é vista por outro nobre, D. Rui, que fica
deslumbrado com a sua beleza. D. Afonso manda retirar a esposa para a
quinta do Cabril, e decide ele próprio, apunhalar o rival à noite.
Porém, o corpo desaparece misteriosamente.
Intérpretes: Artur Semedo -
D. Rui de Cardena; Alves da Costa - D. Afonso de Lara; Helga Liné - D.
Leonor; Raul de Carvalho - Gonçalo; Brunilde Júdice - Mécia; José Victor
- Padre Lúcio; Carlos Wallenstein - Intendente; José Viana - Brás e
ainda: Jaime Santos; Lucília Maio; Isa Olguim; Pereira Saraiva
Realização: Fernando Garcia.
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Adaptação do popular conto de
Eça de Queirós “O Defunto”, este filme realizado em 1954 por Fernando Garcia,
além de ter um enredo interessante e que constitui uma incursão
invulgar no território do fantástico, foi muito mal recebido pelo público
– foi pateado - diz Bénard da Costa – “A estreia dessa imposta e caríssima reconstituição de uma história
ambientada no séc. XV, pode considerar-se uma data no nosso cinema, de tal modo
a reacção do público foi hostil a tanta pompa e circunstância. Apesar da
campanha crítica mais ou menos oficial e mais ou menos oficiosa de quantos, no
interior do regime, haviam acariciado o projecto, o filme esteve apenas duas
semanas em cartaz e foi quase diariamente pateado. Os tempos tinham de facto
mudado e os sinos começavam a dobrar por obras que já ninguém queria ver e com
quem já quase ninguém queria pactuar.” [Bénard da Costa; 1991: 105]
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