sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Negócios à parte, viva a Amizade!

Nunca pensei que fosse assim.
Assim, todos a envelhecermos, claro!
Com a maior parte de nós a crescer para o lado, a engelhar a pele, a memória e os sentidos.
Uma ou outra calvice amenizada com barba crescida, meia dúzia de rugas disfarçadas com os cremes milagreiros dos babosos caracóis, as artroses, gota e espandiloses a espreitar por todos os lados; enfim... só coisas à vista desarmada - porque o colestrol, a tensão arterial, a colite ou o hemorroidal também já abundam, mas não se vêem.   
E ouvir pela décima nona vez aquela histórias da fulana que sempre tentava seduzir o ... ou a daquele sicrano que só queria ser atendido pelo... ou a do beltrano que se dizia empresário de acompanhantes... e tantas mais quantas nós protagonizámos.
Dos que faltam por a morte os ter levado, quase não se fala; a ninguém apetece vincar a sua falta - tamanha foi a marca que nos deixaram. 
Tamanha é a dor que nos cala.
Tamanha é a saudade que temos dele(a)s.
Tamanha é a sua presença entre nós.   

Sem comentários: