segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sem medos

"- Olhe meu amigo, temos pr'aí um valente entupimento nas suas coronárias; a coisa está um pouco complicada, mas vamo-nos safar desta, ok?
- Sim doutor, pode contar comigo!"

É este o único diálogo de que me lembro, depois dos cinco anos passados sobre o dia em que demorei duas horas a reconhecer que tudo em mim indiciava um problema que eu parecia não conseguir resolver (sózinho).
Ao
evocar hoje essa efeméride e celebrar (intimamente) o meu "renascimento", recordo a paz e serenidade com que enfrentei o que sempre mais temi na vida: a morte - o meu papão de infância, de adolescente e de adulto.
Não sei se esse fenómeno teve a ver com a sua proximidade ou com algo mais esotérico, mas também aqui percebi que, afinal, somos muito mais corajosos (ou menos medricas) do que nos julgamos.
Nas teorias da vida há sempre os mistérios de que a morte se rodeia e, se calhar, poderiamos passar sem os experimentar.
Mas, como se diz por aí: poder, podíamos... mas não seria a mesma coisa .

4 comentários:

Anónimo disse...

Foi dos piores dias da minha vida.

Nem penses em ir assim! na na ni na nao ;)

Anónimo disse...

....e ainda bem que tudo já lá vai e que nos continuas a presentear com os teus posts. bem hajas! um abraço, saúde e felicidades. viva a VIDA!
maria

jkimilas disse...

Ó parente, que é isso?
da morte não se fala, temos tempo para aturá-la.

Anónimo disse...

Pois é meu irmão, às vezes, temos que levar uns abanões para apreciar a vida e deixar de lado as lamúrias sem sentido.
Estou contente com o teu renascimento.
Preciso de ti!
Um abração