Desde há não sei quantos anos a esta parte, cruzo-me com ele na cerca da alfândega, onde apodrece, como se de uma besta fiscal apreendida se tratasse.
E sempre me lembro da admiração que senti quando o vi pela primeira vez a trabalhar pisando e repisando pedra mais saibro, acamando e alisando massa asfáltica (ou alcatrão, como prefiro lembrar) assim dando às ruas de Peniche aquele ar de modernidade que à época importava mostrar - aos da casa e, principalmente, aos forasteiros.
Esta paixão pelo "cilindro da Câmara" tem-me feito questionar a razão do seu abandono, quando, por toda a sua história na vida deste concelho, deveria merecer outra sorte, Porque não, até, como peça museológica industrial?
Enfim, divagações de realização cada vez mais distant€...
Entretanto, e à semelhança do que já vi por esse "rotundo-país" fora, será que não podem recuperar este cilindro e, de sucata, reclassificá-lo em peça de interesse local e estacioná-lo (devidamente enquadrado) numa das rotundas da cidade?
Apesar de saber que estamos de eleições autárquicas à porta e que as prioridades passaram a ser políticas, por duas vezes, já desafiei o presidente da minha Junta de Freguesia a defender na câmara municipal esta utilização para o cilindro. E é claro que não é uma opção - cultural e materialmente - fácil de realizar, mas onde à vontade e engenho... tudo é possível. E, se há rotundas em Peniche, que o atestam bem!
2 comentários:
sim de facto é verdade .porque nao meter em valor uma peca , que tantos quilometros percorreu na historia de Peniche...
Acho que seria uma boa opção, pois é barata e eficiente. Mas o que eu também gostaria de ver restaurado e exposto, em rotunda ou não, era o salva-vidas...
Enviar um comentário