domingo, 17 de novembro de 2013

Penicheiradas

Nem por eventuais pequenas coincidências naturais, Peniche será comparável a Havana, a Caracas ou a Pyongyang
Assim como, nem o Tó Zé Correia, nem (tirando o suspeito do costume) os outros figurantes do cartaz-monumento plantado na esquina da Rua Azevedo Perdigão com o Adro da Ajuda, terão algo a ver com Fidel Castro, Nico Chávez Maduro ou Kim Jong-un. Muito sinceramente, acho que (já) não.
Por isso, é que, passados cinquenta dias sobre o último acto eleitoral autárquico e feita a limpeza da sua propaganda política em todo o concelho, é difícil compreender a permanência dessa "estátua" - qual ícone do tipo eternizado pelas "democracias" comunistas.
A não ser... A não ser que faça parte de uma qualquer campanha (abusiva) diabolizada pelo (suspeito do costume) PCP local, visando captar militantes por entre os católicos que diariamente combatem o ateísmo na igreja da Ajuda, junto dos alunos
que, na Escola Secundária, buscam sabedoria entre as virtudes e os defeitos de Marx, Adam Smith ou Friedman, ou dos clientes das promoções Lidl às 5ªs.-feiras.
Digo campanha abusiva, porque o cartaz ali situado, pelo seu impacte visual junto ao monumento de interesse público que é a igreja da Ajuda, talvez não fosse autorizado por quem de direito, se lhe fosse requerida a devida autorização.
Abusiva, também, porque, lendo os resultados eleitorais, dos 25.348 eleitores do concelho houve 20.849 (vinte mil oitocentos quarenta e nove) que, tal como eu, não concordaram com a mensagem e, provavelmente, com a maioria dos actores propostos. Ora, se 18% de qualquer coisa acha que vale mais, manda e pode como quer, do que os restantes 82%...isso tem um nome.
Feio. Muito feio!          

1 comentário:

Anónimo disse...

Vê lá se vais preso.