"Enquanto a chamavam de puta, vadia, louca e outros tantos adjetivos depreciativos, ela aprendia a viver.
Aprendia que por amar demais jamais seria totalmente livre.
Descobria a superioridade dos animais sobre os seres humanos.
Compreendia que a religião jamais a salvaria.
Reconhecia em si uma capacidade imensurável para negar o cinismo humano.
Identificava-se cada vez mais com a poesia; não com a poesia romântica e subjetiva, mas com a poesia das falsas aparências, da solidão, do preconceito, da inveja, do sensacionalismo, do desprezo, do egoísmo, da indiferença, da covardia, do crime e da impunidade; a poesia da vida em todas as suas dimensões."
(Teresa Du'Zai)
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