sexta-feira, 5 de junho de 2020

O vigário vigarista

Se, para qualquer cidadão do mundo, é penoso assistir à forma socialmente desigual como Donald Trump vem gerindo a USA corona-crisis, agravada pela sua versão belicista da "lei e ordem" contra a violência relacionada com o racismo endémico da América, foi doloroso, independentemente do credo religiosos professado, vê-lo de bíblia na mão - querendo sugerir ser em nome de Deus que assim tem de governar,  mesmo que em permanente conflito com os direitos básicos dos seus concidadãos.
Naturalmente, muitos cristãos já terão manifestado o seu repúdio contra Trump, mas os crentes em Deus e as suas igrejas não se podem calar como se fosse normal Deus estar na boca dos que defendem a graduação do direito à vida, dos racistas, dos que censuram e ofendem a dignidade da pessoa humana e alimentam a conflitualidade permanente.
A verdade é que já vem sendo tempo de as correntes de opinião dos movimentos católicos, sempre céleres na condenação das "ideias fracturantes" do universo materialista, mostrem, inequívoca e rapidamente, ao Mundo a sua indignação pelos sacrifícios impostos às almas norte-americanas por um vigário vigarista "invocando o santo nome de Deus em vão". 


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