quinta-feira, 26 de março de 2009

Ideias a bombordo

O país está a arder.
Como se não bastasse a crise económica, a política, o governo, os governantes e os governados, o futebol ou/e tudo o mais aproveitável em vésperas de (três) actos eleitorais para incendiar Portugal, a verdade é que, de facto, neste mês de Março já ocorreram tantos (maioritáriamente suspeitos) incêndios, que, até as previsões da Protecção Civil para o Verão que aí vem, são pouco optimistas.
Por isso não será estranho que apareçam movimentos de opinião sobre a maior ou menor benevolência da Justiça para com os principais causadores deste flagelo - os incendiários. E, se há quem defenda um maior vigôr na penalização destes actos, outros há que apostam no esvaziamento do acto criminoso, reduzindo-o a um transtorno comportamental, tratável - dizem.
Devid
o à sua (im)popularidade junto de alguns activistas do BNB (Bloco do "Nonsense" a Bombordo), o cerro-do-cão teve acesso aos principais apontamentos para a sua proposta de uma nova abordagem da piromania:

1 - Despenalização imediata dos incêndios.
2 - Tendo em conta que os incendiários são doentes e socialmente marginalizados, devem ser tratados como tal: é preciso criar zonas específicas para poderem incendiar à vontade. Nas "Casas de Incêndio" serão fornecidos fósforos, isqueiros e alguma mata. Sob a supervisão do pessoal habilitado, poderão lutar contra esse flagelo autodestrutivo.
3 - Fazer uma terapia baseada nos Doze Passos, em que o doente possa evoluir do incêndio florestal à sardinhada. O pirómano irá deixando progressivamente o vício: da floresta à mata, da mata ao arbusto, do arbusto à fogueira, da fogueira à lareira, da lareira ao barbecue até finalmente chegar à sardinhada do Santo António e São João.
4 - Quando o pirómano se sentir feliz a acender a vela perfumada em casa, ser-lhe-á dada alta, iniciará a sua reintegração social e perderá o seu subsídio de incendiário.

Pergunto eu : ... e depois, não se pode cremá-lo ?

1 comentário:

Anónimo disse...

Simplesmente excepcional.

Parabéns mano