terça-feira, 26 de maio de 2009

Dinheiro na mão ...

Falar sériamente sobre prostituição é quase tão difícil como abordar o tema da bruxaria. Quero dizer, são duas actividades vulgarizadas, mas quase sempre (hipócritamente) renegadas por quem as pratica: tanto prestadores como, especialmente, utentes dos serviços.
O Estado, esse, continua respeitando a sua histórica política da avestruz, se bem que, de vez em quando, uma ou outra corporação espreite para fora do buraco e mande uma ou duas assobiadelas, para o lado, claro! Desta vez foi o sindicato do SEF (Serviço de Fronteiras) que, reunido em congresso, alerta o governo da nação sobre os dinheiros que correm na prostituição: «num só ano, os impostos não liquidados (pelas casas de alterne), que não passam pelos crivos do Estado, davam para pagar a auto-estrada entre Amarante e Bragança».
Apesar da modéstia destes números, de que se pode fácilmente discordar pela leitura rápidas das páginas de "convívio" do CManhã e JN, eu diria, como o meu amigo Xoaquim: "Yo no creo en brujas, pero que las hai, hai."
E, assim sendo, porque raio é que não se faz o aeroporto de Alcochete à conta destas actividades a quem o Fisco muito tem "perdoado" ?
Afinal quem paga são os mesmos (contribuintes) ... indirectamente, mas pagam!

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