quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ai Portugal ...


… se eu tivesse à volta de trinta anos,  fosse licenciado – desempregado, funcionário público a recibos verdes ou  professor faz-de-conta…
 … se eu não tivesse contribuído (mais de dois terços  da minha vida) para garantir a subsistência na velhice que agora  me querem roubar…
… se eu não tivesse apostado em Portugal, no ser português,  na defesa do meu País, na democracia de Abril que  deu  oportunidade ao primeiro-ministro e seus sequazes de se educarem à minha conta, de se terem tratado com médicos de um serviço nacional de saúde que eu  sustentei e terem usado as auto-estradas que estou a pagar e que os meus bisnetos (vindouros) continuarão a amortizar…
… se não fossem essas razões e mais uma carrada que aqui não digo por respeito a quem  habitualmente me lê, então faria como os Mestres, os Relvas e os Coelhos sugerem:
Emigrava.
Não para os (pseudo)paraísos de dialecto oficial português, mas para países onde a verdade, a justiça e o respeito pela pessoa humana fossem como que a única língua oficial, evitando continuar a assistir ao triunfo da incompetência, à ascensão politica de prostitutos, à vitória do liberalismo das confrarias; em suma:  ao acabar do PAÍS que idealizei e por que lutei, na esperança de o deixar como pátria querida aos meus filhos, com o mesmo orgulho que o herdei dos meus antepassados.


1 comentário:

jkimilas disse...

ó primaço,
espero que a tua música da alternativa não seja tocada por aqueles que dela costumam fazer o seu hino...