… se eu tivesse à volta de trinta anos, fosse licenciado – desempregado, funcionário público a recibos verdes ou professor faz-de-conta…
… se eu não tivesse contribuído (mais de dois terços da minha vida) para garantir a subsistência na velhice que agora me querem roubar…
… se eu não tivesse apostado em Portugal, no ser português, na defesa do meu País, na democracia de Abril que deu oportunidade ao primeiro-ministro e seus sequazes de se educarem à minha conta, de se terem tratado com médicos de um serviço nacional de saúde que eu sustentei e terem usado as auto-estradas que estou a pagar e que os meus bisnetos (vindouros) continuarão a amortizar…
… se não fossem essas razões e mais uma carrada que aqui não digo por respeito a quem habitualmente me lê, então faria como os Mestres, os Relvas e os Coelhos sugerem:
Emigrava.
Não para os (pseudo)paraísos de dialecto oficial português, mas para países onde a verdade, a justiça e o respeito pela pessoa humana fossem como que a única língua oficial, evitando continuar a assistir ao triunfo da incompetência, à ascensão politica de prostitutos, à vitória do liberalismo das confrarias; em suma: ao acabar do PAÍS que idealizei e por que lutei, na esperança de o deixar como pátria querida aos meus filhos, com o mesmo orgulho que o herdei dos meus antepassados.
1 comentário:
ó primaço,
espero que a tua música da alternativa não seja tocada por aqueles que dela costumam fazer o seu hino...
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