sábado, 29 de setembro de 2012

(A)o homem dos abreijos

Quando partilhámos vivências, dividíamos cumplicidades, chorávamos alegrias, encorajáva-mo-nos nas tristezas, confidenciávamos segredos e, já em final de estação, planeámos o futuro como se do mesmo se tratasse, jurando-nos fidelidade até que a morte nos separasse.
Mas era fácil de mais, assim, não era companheiro?
Por isso "tiveste" que mostrar que a vida - tal como a rosa - apesar dos espinhos, pode ser bonita, cheia de cores, perfumes e paixões.
Lutaste como sempre soubeste fazer: ganhando a guerra por entre grandes e pequenas batalhas com o destino sempre traiçoeiro.
Ainda assim meu amigo, faltava provares (como se tivesses de provar algo a alguém...) que não desistias mesmo quando a luta se tornava demasiado desigual.
Hoje deixaste-nos. Não como um resignado ou um derrotado, antes como um herói que lutou e deu a vida pelo Amor - princípio básico de vida que à tua volta sempre soubeste elevar.
Não era preciso tanto, companheiro!
Mas contigo era sempre a mesma luta, camarada: "o primeiro sou eu..."
Porra, não foi assim que combinámos, meu irmão!
Um abreijo (como nos ensinaste a dizer)

2 comentários:

Unknown disse...

<percebo agora a Lacrimosa...

Família Giroflé disse...

Agradeço-te, querido Pedrosa, as palavras que escreveste ao teu "Irmão" e que só agora tive coragem de ler.
O Amorim foi e será sempre um herói, um Homem memorável a quem amei e amarei eternamente.
Fica bem, Pedrosa.
Filomena