Há uns bons quarenta anos, ou lá perto,
havia uma revista semanal dos programas da RTP, chamada Tele-Semana, cujo
lançamento foi precedido por um tele-anúncio em que um homem sentado num banco era
interpelado por outro que chegava:
- O que é que estás aqui a fazer?
- Estou à espera.
- À espera de quê?
- À espera que saia.
E, durante uns dias, o anúncio ficou assim,
para grande surpresa aos espectadores pouco habituados a métodos inovadores
de publicidade.
Do que estaria o homem à espera?
Ao fim de uns dias, o diálogo concluía-se:
- À espera que saia a...
Tele-Semana!!!
A partir de então, a expressão “à espera que saia” permaneceu na
linguagem corrente com maior ou menor utilização popular, consoante a onda.
… como a que José Sócrates lançou para a
programação dos canais nacionais de TV. Ontem, hoje, amanhã e até…
Com zapping ou sem ele, parece que no
país deixou de haver Fátima, futebol e fado. Os media nacionais assumiram que Portugal e os
portugueses só podem estar à espera de uma coisa:
- Que saia!
(preso, em liberdade ou assim-assim)
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