Se há seis meses arrisquei a oportunidade de antecipar os parabéns de vitória a dois elementos da candidatura autárquica que então, na minha opinião, perante as ofertas alinhavadas, deveria saír vencedora nas eleições do dia 1 de Outubro, hoje, já bem conhecidos todos os candidatos e quase concluída a campanha eleitoral que as seis candidaturas concorrentes entenderam fazer, quase que me atrevo a repetir essa parabenização.
E só não o faço porque, quer o aparecimento da candidatura independente Movimento Independente de Cidadãos Por Peniche, quer a semi-independente (porque declaradamente apoiada pelo Bloco de Esquerda) Grupo de Cidadãos Eleitores Por Peniche poderão, aliás, deverão, desejavelmente, trazer às urnas, pelo menos, os 20% de eleitores que em 2013 entenderam não votar e "punir o sistema autárquico" com a elevação da abstenção até aos 67% (que, em 2005 e 2009, rondou os 47%).
Esta será, a meu ver, a grande incógnita do (salutar) aparecimento das duas candidaturas fora do arco do Poder: saber se as suas proclamadas independências serão assim tão credíveis aos olhos de quem costuma deixar a outros decisões que, no quadriénio seguinte, hipocritamente, criticará todos os dias.
Esta será, a meu ver, a grande incógnita do (salutar) aparecimento das duas candidaturas fora do arco do Poder: saber se as suas proclamadas independências serão assim tão credíveis aos olhos de quem costuma deixar a outros decisões que, no quadriénio seguinte, hipocritamente, criticará todos os dias.
De resto, e apesar do que quase todos quiseram fazer crer, nada há de novo para Peniche. Se pelo lado dos partidos tradicionais o "copy-paste" ardilosamente redesenhado do que oferecem ao nosso concelho pouco diverge de propostas anteriores, pelas candidaturas "out-siders" ou é apresentado um programa de resumidas intenções, num caso; ou, no outro, um arrolamento de promessas quase individualizadas como se do mapa de trabalhos com 16 anos se tratasse - lembrando as promessas cumpridas, mas esquecendo as por cumprir.
Porém, não se julgue que tudo vai ficar na mesma. Não vai.
Aliás, já não está: nunca em Peniche esteve tanta gente envolvida na discussão política. E nova gente, principalmente gente nova.
Esta já é uma grande vitória que devemos agradecer, especialmente, às novas gerações de políticos, independentes ou não, ao perceberem que discutir, programar e decidir sobre Peniche é para todos os penicheiros, não a pseudo-iluminados de partidos ou movimentos.
Daqui a pouco mais de cento e vinte horas o concelho de Peniche terá eleita uma nova administração autárquica, garantidamente minoritária, a exigir de todos - vencedores e vencidos - o abraçar maioritário de soluções importantes para o futuro dos penicheiros.
Porém, não se julgue que tudo vai ficar na mesma. Não vai.
Aliás, já não está: nunca em Peniche esteve tanta gente envolvida na discussão política. E nova gente, principalmente gente nova.
Esta já é uma grande vitória que devemos agradecer, especialmente, às novas gerações de políticos, independentes ou não, ao perceberem que discutir, programar e decidir sobre Peniche é para todos os penicheiros, não a pseudo-iluminados de partidos ou movimentos.
Daqui a pouco mais de cento e vinte horas o concelho de Peniche terá eleita uma nova administração autárquica, garantidamente minoritária, a exigir de todos - vencedores e vencidos - o abraçar maioritário de soluções importantes para o futuro dos penicheiros.
Aguardemos, pois, que a universalidade da utilização da palavra PENICHE por todas as candidaturas não tenha sido à toa.