quinta-feira, 15 de julho de 2010

É entrar, meus senhores, é entrar.

Até à sua reeleição(?), enquanto putativo caudilho do expectante Movimento Já Chega de Poder - AGORA SOMOS NÓS, Cavaco Silva aposta claramente em fazer ao PS o mesmo que Jorge Sampaio fez ao PSD, no período que se seguiu à "viagem europeia" de Durão Barroso, quando amamentou a leite de cicuta o governo nado-morto de Santana Lopes.
Daí que o PR não queira (nem possa) ouvir falar em "governos presidencialistas" ou qualquer outra solução constitucional para, de facto, tentar resolver a situação de crise profunda que anuncia por todo o país.

Enquanto isso, estranhamente, José Sócrates e o (seu) PS persistem na sua inaptidão governativa cada vez mais sinuosa, porque cada vez mais escrava: ora da direita, ora da esquerda, ora dos "media", ora das corporações.

O cúmulo destas posturas institucionais é que faz a mais profunda crise de Portugal: a crise política.
O resto, são técnicas de marketing promovidas, ou pelos arautos da desgraça ávidos de (+) podr: chamando-lhe por isso crise económica, ou pelos bafientos auto-intitulados defensores das classes - apelidando-a de social.

Com o país escarranchado às lenga-lengas caluniosas e à propaganda do sucesso fácil, e com a maioria dos portugueses entrevistáveis em perfeita e (bastas vezes) justificada síntonia com o slogan "estamos na merda, eles querem é encher a mula : assim não vamos lá", pode-se afirmar que estamos a saldo.
Por isso é que hoje (data oficial da abertura dos saldos de Verão) me lembrei deste filme publicitário - considerado como um dos melhores de sempre.
E não é por acaso...



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