Espreitei o galo-catavento: dormia quieto, de bico virado a noroeste.
A mão fora da janela confirmava: sol qb.
Muito bem, hoje está de feição para dar a voltinha a Peniche de bicicleta:
- Marginal Norte acima até ao Cabo Caroveiro; Marginal Sul abaixo até ao Porto d'Areia;
- cumprimento o Visconde a caminho do Campo da Torre onde a Ribeira me rodopia no Forte das Cabanas até às ruinas da Lota Velha e me embala pela Avenida do Mar até às portas da Capitania;
- opto pela Avenida Porto de Pesca miro a(s) lota(s) nova(s) e os cais vazios de movimento, de barcos, de gente. Só as gaivotas lembram que, por ali, há mar;
- rumo aos estaleiros, espreito os encalhados no Molhe Leste, esqueço o cheirete do Guano e aproveito a rota de regresso para botar os pés nos Pocinhos;
- fujo da recta do Fialho e vou Prageira adentro até mergulhar na Gâmboa;
- daí, porque maré vazia (como o estaleiro), encosto-me à muralha, passo por baixo da guarita e entro pela praia do Quebrado em direcção ao forte da Luz onde ganho coragem para um "ciclo-cross" que me arrasta pela Papoa até chegar ao Filtro de Peniche Cima.
Aí encosto a máquina à parede do Lavadouro e, sentado em cima de uma pedra, virado para o meu Porto d'Areia Norte, descanso o olhar até áquela linha, bem lá no fundo, onde o mar e o céu se encontram.
E foi assim que, numa viagem de trinta minutos, experimentei recordar como era cada local por onde passava há trinta anos atrás: quando Peniche não era cidade, nem capital do que quer que fosse; quando os barcos pescavam, as fábricas fabricavam e o comércio negociava.
Paisagens de outros tempos e de outras vontades (como diria o poeta).
Outras paisagens, porque mais trabalho e menos festa, acrescento.
A mão fora da janela confirmava: sol qb.
Muito bem, hoje está de feição para dar a voltinha a Peniche de bicicleta:
- Marginal Norte acima até ao Cabo Caroveiro; Marginal Sul abaixo até ao Porto d'Areia;
- cumprimento o Visconde a caminho do Campo da Torre onde a Ribeira me rodopia no Forte das Cabanas até às ruinas da Lota Velha e me embala pela Avenida do Mar até às portas da Capitania;
- opto pela Avenida Porto de Pesca miro a(s) lota(s) nova(s) e os cais vazios de movimento, de barcos, de gente. Só as gaivotas lembram que, por ali, há mar;
- rumo aos estaleiros, espreito os encalhados no Molhe Leste, esqueço o cheirete do Guano e aproveito a rota de regresso para botar os pés nos Pocinhos;
- fujo da recta do Fialho e vou Prageira adentro até mergulhar na Gâmboa;
- daí, porque maré vazia (como o estaleiro), encosto-me à muralha, passo por baixo da guarita e entro pela praia do Quebrado em direcção ao forte da Luz onde ganho coragem para um "ciclo-cross" que me arrasta pela Papoa até chegar ao Filtro de Peniche Cima.
Aí encosto a máquina à parede do Lavadouro e, sentado em cima de uma pedra, virado para o meu Porto d'Areia Norte, descanso o olhar até áquela linha, bem lá no fundo, onde o mar e o céu se encontram.
E foi assim que, numa viagem de trinta minutos, experimentei recordar como era cada local por onde passava há trinta anos atrás: quando Peniche não era cidade, nem capital do que quer que fosse; quando os barcos pescavam, as fábricas fabricavam e o comércio negociava.
Paisagens de outros tempos e de outras vontades (como diria o poeta).
Outras paisagens, porque mais trabalho e menos festa, acrescento.
1 comentário:
e do célebre (MES)mural:
"não são precisos patrões para apanhar peixe"
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