A minha velinha ao Michaelcom uma recordação dos Açores/Terceira/Lajes/5.Outubro.1973: "... hoje alugámos um carro e fomos, pela primeira vez, à base americana. Aquilo é um mundo completamente à parte: têm tudo como se fosse uma cidade americana. Visitámos as zonas "não militares" e fomos às compras ao supermercado. Por cinco dólares comprei um after shave Brut e umLP chamado Skywriter de um grupo americano que se ouve muito por aqui - os Jackson Five. Fizemos uma jogada no Bingo e acabámos a visita na companhia das Budweiser em lata."
Um amigo de peniche trouxe-me a notícia: "Peniche foi distinguida pelo jornal "Planeamento e Cidades" como cidade excelência - na categoria de projecto urbano." Pois é. Uma boa distinção é sempre dignificante e agradável de receber, mas, pensava eu, "aqui só para nós penicheiros,onde é que fica essa cidade?" Pensei, pensei... e adormeci. E sonhei. Provávelmente sob influência da notícia, sonhei com um peixe-cão (como se tal coisa fosse possível de existir). Todavia, como podem verificar, o peixe-cão existe. Virtualmente, mas existe! Ora aí está! Acordado percebi tudo.
Se eu tivesse metade da idade que tenho, seria um praticante do surf. É a certeza que me deixa o prazer que ainda hoje sinto em deslizar deitado, sem prancha, sobre as ondas (no meu tempo dizia-se "apanhar carreiras") - e a maior razão para estar na praia. Sem ondas, a praia é um martírio. Às vezes, prefiro uma repreensão do nadador-salvador, do que estar a dar banho às partes baixas (não é politicamente correcto dizer isto, mas é verdade).
E, assim bem expressa a minha paixão pelas ondas (do mar), é facil compreender a alegria que os penicheiros e, principalmente, a comunidade surfista de Peniche sentem com a notícia do dia: "Pela primeira vez, Portugal vai acolher uma etapa do Circuito Mundial ASP World Tour, que irá decorrer na segunda quinzena de Outubro na praia de Supertubos, em Peniche." Eu, que até acho que Peniche tem prioridades sociais e económicas de mais urgente resolução antes de ser capital "do que quer que seja", partilho da alegria transmitida pela consagração da minha terra como destino de excelência de uma modalidade desportiva (e amiga do ambiente). Peniche está de parabéns. O nosso mar e Surf penicheiro merecem esta oportunidade. Venham de lá as ondas, que há pr'aí muita prancha à espera de dropinar!
A resistência ao radicalismo ayatollah e a luta pela Liberdade no Irão têm um novo símbolo.
Neda Soltan: iraniana, 26 anos, foi morta no sábado quando estava com o pai entre os manifestantes em Teerão, por um sniper das milícias Basij – forças paramilitares do regime.
A morte, filmada por telemóveis de manifestantes, chega à Web via Twitter, e depois, através do YouTube, chega ao conhecimento do Mundo. A hipocrisia institucionalizada a ocidente tem mais uma razão que a alimenta. Mas, para a História da Democracia, o que fica é o (infeliz) nascimento de uma nova mártir: Neda - The Angel of the Iran.
É o slogan da moda e faz lembrar uma palavra de ordem: daquelas que os manifestantes profissionais lançam para as multidões contestatárias entoarem.
Mas é assim, os americanos andaram o último meio século a querer "proteger" o mundo.Agora, mesmo depois do estrondoso falhanço da protecção "dollariana", é o mundo que (re)clama pelo super homem americano do século XXI. Resta saber qual será a cor da próxima kryptonite ?