Em 1992, numa bem sucedida experiência de terapia psicanalítica de grupo, cruzei-me com Alexandra W. - uma menina de quinze anos de idade, grávida da sua primeira relação sexual, cuja patologia mereceu, desde a primeira sessão, o maior apoio e carinho de todos os restantes cinco membros do grupo.
Não pelo seu estado "interessante" mas porque, apesar de ser uma gravidez assumida por ambos os actores, o corpo de Alexandra estava a hostiliza-la, criando dificuldades à gestação do seu filho.
Durante as seis sessões partilhadas entre a 18ª e a 26ª semanas desta gravidez fomos tentando perceber (no papel de Alexandra) os factores que inconscientemente a transformaram em alto risco.
Até que, em Fevereiro de 1993, Alexandra entrou em colapso. O processo de "destruição" do feto tinha-a tornado hipertensa e o coração trabalhava a 25 pulsações por minuto. O parto garantia a sua salvação, mas não a sobrevivência do bebé...
Ontem, no jantar comemorativo do 18º aniversário do seu filho Paulo - já universitário, velejador pré-olímpico e vocalista de uma "garage band" - Alexandra W. honrou-nos, felicíssima, com a notícia (bastante bem visível) da sua segunda gravidez. Assumida, desta vez de corpo e alma.
Durante as seis sessões partilhadas entre a 18ª e a 26ª semanas desta gravidez fomos tentando perceber (no papel de Alexandra) os factores que inconscientemente a transformaram em alto risco.
Até que, em Fevereiro de 1993, Alexandra entrou em colapso. O processo de "destruição" do feto tinha-a tornado hipertensa e o coração trabalhava a 25 pulsações por minuto. O parto garantia a sua salvação, mas não a sobrevivência do bebé...
Ontem, no jantar comemorativo do 18º aniversário do seu filho Paulo - já universitário, velejador pré-olímpico e vocalista de uma "garage band" - Alexandra W. honrou-nos, felicíssima, com a notícia (bastante bem visível) da sua segunda gravidez. Assumida, desta vez de corpo e alma.
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